Ontem à tarde, em entrevista ao Radialista Aroldo Costa, da Rádio Jornal de Pernambuco, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, afirmou que a Policia Militar de Pernambuco (PMPE) deveria ter atirado para matar os torcedores durante a intervenção feita na noite da última segunda-feira (3), quando integrantes da Torcida Jovem do Sport-PE invadiram a festa de 106 anos do Santa Cruz, no Pátio de Santa Cruz. Ele também lamentou não existir pena de morte no país e ironizou afirmando que os torcedores têm de ser tratados com “cafezinho e água”.
“Tem que se elogiar a conduta da Polícia Militar. Lamento só que tenha atirado para cima, o ideal é que tivesse atirado mesmo. Iríamos ter hoje, sei lá, 30 bandidos a menos, 40, 20… Infelizmente, nós temos esta defasagem, que o presidente (Jair) Bolsonaro ainda não conseguiu fazer, que é nós termos pena de morte . Seria muito adequado para este tipo de gente. Porque este tipo de gente não é gente, são animais que têm que ser executados. Infelizmente, a Polícia Militar não pode nem bater, porque se não vai processar tudo que é policial, nós não podemos botar nem de pé (os envolvidos) no sol no Quartel do Derby, para lavar banheiro e capinar, porque também não pode. Na verdade, nós temos que tratar eles com cafezinho e água, e respeitar esses pseudos direitos humanos que eles têm”, ironizou.
Já nesta quarta-feira, o promotor do Ministério Público do Estado (MPPE), Ricardo Coelho, falou que falta vontade política para proibir de uma vez por todas a presença das uniformizadas nos jogos do Recife, no entanto, condenou a SUGESTÃO do presidente da FPF de forma veemente.
“Declaração infeliz e criminosa a medida que incita a prática de crime e execução e ela deve ser objeto de responsabilização. Uma pessoa que ocupa um cargo de tamanha relevância e importância não pode falar esse tipo de afirmação a medida que estimula a prática criminosa. Isso está na lei penal. O que deve haver é o afastamento da política do futebol. Medidas extremas como esta sugerida não cabe. O que cabe é o rigor da FPF, vontade política de enfrentar o problema. Do MP de ser um condutor desses processo para que tenhamos mais respostas efetiva já que esse problema foi vencido em outros estados e até no exterior”, observou Ricardo Coelho, que ainda lembrou que FPF esteve a favor das uniformizadas na época em que ele liderou a ação que pedia extinção das torcidas.