Depois do presidente da Juazeirense, Roberto Carlos, foi a vez do Sindicato Baiano dos Árbitros de Futebol se pronunciar sobre a declaração do presidente do Esporte Clube Vitória, Paulo Carneiro, que em áudio divulgado nas redes sociais não somente criticou a atuação do árbitro Emerson Ricardo de Almeida por conta de um pênalti marcado nos minutos finais da partida contra o Cancão de Fogo que terminou 2 a 2 no Barradão, como também fez ameaça, afirmando que “se continuar roubando, as condições [de apitar no Barradão] vão desaparecer”. Em nota, o Sinbaf afirmou que “entende que os jogadores e clubes não são obrigados a concordar com todas as decisões dos árbitros em uma partida” e que o clube insatisfeito tem todo o direito de encaminhar um ofício aos responsáveis pela arbitragem, porém “propagar a violência, vai totalmente contra os conceitos que é sempre pleiteado no futebol ou em qualquer outro esporte”.
Nesta quinta-feira (30), o presidente do Cancão de Fogo, o Deputado Roberto Carlos, rebateu a declaração do mandatário rubro-negro, questionado qual o tipo de “condição” o Vitória dava aos árbitros: “A pergunta que não quer calar: que condições são essas, Paulo Carneiro, uma vez que só a Federação Baiana de Futebol pode ofertar as ditas condições para a nossa arbitragem?”, questionou.
Veja a nota completa divulgada pelo Sindicato:
“O Sindicato Baiano dos Árbitros de Futebol, vem à público repudiar com veemência o áudio que tem circulado pelo meio de aplicativo de mensagens, onde o atual presidente do Esporte Clube Vitória, o Sr. Paulo Carneiro, insatisfeito com a arbitragem que atuou na última quarta feira (29/01/2020), entre Vitória x Juazeirense, válido pela 3º Rodada do Campeonato Baiano de Futebol – Série A – Categoria Profissional – Edição 2020, no áudio é possível ouvir insultos a arbitragem da partida supracitada, bem como ameaças aos próximos árbitros a serem escalados nos jogos do Esporte Clube Vitória.
O SINBAF entende que os jogadores e clubes não são obrigados a concordar com todas as decisões dos árbitros em uma partida, afinal vivemos em um país democrático onde todos os cidadãos têm direito de opinar.
O clube insatisfeito, tem todo o direito de encaminhar um oficio aos responsáveis pela arbitragem para que todas as medidas cabíveis sejam tomadas, mas propagar a violência, vai totalmente contra os conceitos que é sempre pleiteado no futebol ou em qualquer outro esporte.
O SINBAF estará sempre vigilante na defesa das mulheres e homens que compõem a arbitragem baiana, contra qualquer pessoa ou instituição que atente contra moral, dignidade, lisura e a competência dos nossos árbitros.
Atenciosamente,
Manoel Nunes Lopo Garrido
Presidente”