Roger ainda pode dar alegrias ao Bahia, mas é preciso paciência!

"O momento exige paciência, apoio e fé que há de passar a tormenta!"

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

A maldição há de passar… O espectro da expectativa rumo à Copa Libertadores ronda o Esporte Clube Bahia, assombrando o espírito de ânimo e confiança do elenco, que sente a pressão dentro e fora do teatro campal. Contudo, que bendita pressão, antes esta para alcançar voos além-mar, ao invés de dantes, a do passado que não desejamos reviver, lutar para ficar, para permanecer na Série A. Somos o 9º colocado, pela primeira vez na era dos pontos corridos, mas não nos contentamos, queremos mais, queremos o G-6, 7 e até mesmo 8. Caso Flamengo, conquiste a Libertadores, algo plausível, evidenciado pelo seu desempenho até aqui.

 

A torcida não está errada em cobrar, em ficar retada, tem todo direito, no entanto, é de suma importância o apoio de todos nós, neste momento que o elenco como um todo, não passa a firmeza, a certeza de que podemos chegar ao G-8,.

Nenhuma fase de vacas magras dura por muito tempo, vai passar… Se fosse supersticioso diria que a inveja do rival, a decisão insensata de jogar na Arena, sem ter o respaldo necessário de sua torcida, diante do fantasma da Série C, que rondava sua casa, talvez tenha deixado um agouro, uma psicosfera deletéria, que é preciso, ser deleitada, despachada para onde veio.

Por outro lado, a inveja, o olho gordo, não são só superstições… Está aí as nossas queridas velhas benzedeira que sabe bem do que estamos falando… Até William Shakespeare já assevera: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia.

Neste caso, cabe mais Shakespeare: “ser ou não ser, eis a questão”, acredita ou não acreditar, melhor mesmo é remediar, é exorcizar, despachar a coisa para onde ela veio… Com muito mais afinco nos treinos, um bom papo de psicologia, uma conversa séria com o pai Coach, e sobretudo muita fé, que os pés acertaram os passes e de passes em passes virão os gols.

Minha preocupação até agora é com os apressados de plantão, que Roger é isso, que o elenco é aquilo… Que ninguém mais presta… Somos passionais, anormal era não sê-lo… Mas tenhamos menos exageros, pois espero que a fase que irá passar, com fé em Deus, não venha ameaçar a permanência do Roger.

Machado, haverá de cortar os galhos, os espinhos, os mandacarus que insistem em não deixar florescer as raízes de um Bahia que a cada dia se insinua mais do que nunca entre os melhores do Brasileirão. Se anos atrás nossa expectativa era permanecer na elite, doravante é para brigar por Libertadores, e isso já um avanço e não pode servir de demérito se por acaso não alcançarmos.

A frustração não deve, nem pode ser motivo para cortar o Machado, ele ainda não dará muita lenha para queimar, muitas alegrias haverão de nos dar, tenhamos paciência, a maldição haverá de passar… O momento exige paciência, apoio e fé que há de passar a tormenta!

Assim sendo, vida longa ao Roger Machado, na condução dos destinos nosso Esquadrão de Aço, pois toda suposta maldição, por mais maléfica que seja haverá de um dia ser benfazeja, os triunfos, também, se constroem sob os escombros da amarga experiência das derrotas… Olvidar este aspecto é não saber triunfar.

No mais não esqueçamos, que ainda há esperança, se há esperança, por mais que seja mínima a nossa chance, devemos confiar que o fantasma da maldição que nos ronda, seja vindo da pressão ou do lixão torna-se–à libertadores!

Lázaro Sampaio, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

 

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