O Chile segue enfrentando a maior onda de protestos estudantis desde o final regime militar em 1990. Iniciadas em 6 de junho, as manifestações vêm causando conflitos em Santiago, capital de uma das economias mais prósperas da América Latina e vista como modelo pelo atual governo brasileiro. Os jovens querem melhorias na qualidade do ensino e acesso a universidades públicas. Protestam pela falta de gratuidade nas universidades públicas e os estudantes terminam os cursos endividados e sem perspectivas quanto ao mercado de trabalho. Nas faculdades particulares, o ensino é caro e de má qualidade, além dos baixos salários pago aos aposentados. Até então 20 pessoas já morreram entre aqueles que protestam.
Ainda assim, a Conmebol resolveu bancar a final da Libertadores entre Flamengo e River Plate para a cidade de Santiago no dia 23 de novembro. No entanto, protestos está sendo convocado pelas redes sociais para usar a final da Libertadores como forma e plataforma de visibilidade para os protestos.
Segundo a emissora ‘TNT Sports’, da Argentina, a hashtag #NoHayCopa está sendo usada para convidar os manifestantes a cercarem o estádio Nacional de Santiago, palco da decisão, e impedirem a chegada dos ônibus das delegações. A imagem que viralizou nas redes menciona torcidas importantes chilenas, como a “La Garra Blanca” (Colo Colo) e “Los Cruzados” (Universidad Católica), como participantes do protesto.
No último dia 30 de outubro, A Ministra do Esporte do Chile, Cecilia Perez, informou que a final da Libertadores está mantida em Santiago, apesar de a Conmebol já avaliar uma opção em razão dos protestos no país.
— Ratifiquei a nossa firme vontade de realizar a final da Copa Libertadores. Para isso o Ministério do Interior está em conversas com a Conmebol. Uma partida como essa faz bem ao país. Queremos levar esse encontro esportivo adiante — afirmou a ministra.