Pouco tempo atrás, elogiado e até exaltado. Hoje, criticado e questionado. Esta é a situação do técnico Roger Machado no Esporte Clube Bahia. Iniciou muito bem, conquistando o título baiano, colocando a equipe nas quartas de final da Copa do Brasil eliminando o São Paulo nas oitavas e alcançando o sexto lugar no Campeonato Brasileiro. Depois, veio a eliminação no torneio mata-mata e a queda absurda no segundo turno da Série A. São sete jogos sem vencer e da 6ª posição caiu para o 9º lugar. Porém, num cenário terrível, pode cair nesta rodada para o 12º lugar, em caso de derrota para o Goiás aliados a triunfos de Fortaleza e Atlético-MG. Se isso acontecer, a vaga para a Copa Sul-Americana que chegou a ser 95% garantida, ficaria bastante ameaçada, afinal, restariam quatro jogos e três deles contra concorrentes diretos (Atlético-MG, Vasco e Fortaleza).
Roger, em entrevista, falou sobre seus trabalhos anteriores e momento no Tricolor. Ele acredita que o time não caiu de produção, apenas oscilou. “Não vejo cair de produção. No Palmeiras e Atlético-MG os trabalhos foram interrompidos no meio. Os times vão oscilar. No Grêmio, fui eu que decidi interrupção no trabalho. Quando perguntado sobre isso, costumo responder que você vem para Bahia passar uma semana de férias e, coincidentemente, chove, você volta de férias e diz que nunca mais volta porque chove. Não é verdade. Então é difícil analisar por uma janela um contexto que é muito maior, de uma competição, trajetória, de um ano. Então, para mim, os times não caem de produção. Eles oscilam. A questão é que, dentro dessa oscilação, o trabalho é interrompido. O final é marcado por aquele recorte e analisado por isso. Se fosse assim, no primeiro momento de oscilação, era melhor o treinador pedir para sair que aí preservaria os números. Agora, hoje pegar um recorte num aproveitamento nosso está em 45%. Se eu saísse hoje do Bahia, se pegar todos os jogos, talvez dê perto de 50%, 52% de aproveitamento. Se essa crise persistir e eu sair, esse percentual vai ser maior.”
O próximo compromisso do Bahia é no domingo, contra o Goiás, às 16h, no Serra Dourada. Em 11º com 43, o time goiano está um ponto abaixo do Esquadrão que figura no 9º lugar com 44. Roger falou sobre o duelo e elogiou o técnico Ney Franco.
“Ney [Franco] é um amigo, treinador com bastante experiência. Ele consegue formar equipes consistentes, que têm algumas figuras com destaque individual. Isso fez com que o Goiás subisse de posição e engatasse resultados importantes. Todas equipes oscilam. O Goiás oscilou no primeiro momento e engatou uma série de resultados importantes. Estamos oscilando, talvez o segundo momento. Foi uma próxima da decisão da Copa do Brasil contra o São Paulo, que nós tivemos a derrota para o Santos em casa e outros resultados que demoramos para resgatar. Depois sete resultados positivos que nos trouxeram a esse momento. A gente oscila mais que gostaríamos. Das equipes que estão brigando conosco é um que vem somando pontos importantes. Somou o último contra o Vasco e dentro de casa tem a força dos seus domínios.”