Geninho exalta qualidades de Jordy e fala sobre objetivos do Vitória

Treinador chegou a segunda vitória no comando do time

Foto: Letícia Martins/EC Vitória

Mesmo com alguns desfalques importantes, o Esporte Clube Vitória conquistou um grande resultado na Arena Pantanal ao fazer um segundo tempo simplesmente avassalador e vencer de virada o Cuiabá, pelo placar de 3 a 1, na noite desta sexta-feira, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Foi a segunda vitória (seguida) do Leão sob comando do técnico Geninho que dá um respiro ao time rubro-negro, agora ocupando o 15º lugar com 32 pontos, dois pontos acima do Vila Nova já jogou na rodada e apenas empatou com o Atlético-GO. O destaque da partida foi novamente o atacante Jordy Caicedo, autor de dois gols, o do empate e o que fechou o caixão. Na entrevista coletiva, o técnico Geninho outra vez não poupou elogios ao equatoriano, exaltando suas qualidades. Ele também falou sobre os objetivos do Leão na competição, comemorando bastante a saída e permanência fora do Z-4, primeira meta na sua chegada.

 

“Jordy tem duas características importantes. Ele é um jogador de muita presença dentro da área, perto do gol. E, quando ele tem esse espaço para puxar. Hoje ele saiu praticamente do nosso campo. Quando ele deu o tapa, ele largou o zagueiro dois metros para trás. Essa talvez seja a maior qualidade do Jordy. O Jordy tem dificuldade em fazer uma parede, em fazer uma tabela. Mas ele compensa isso com outras qualidades. Bom que ele está fazendo os gols. A gente vai procurar trabalhar esses fundamentos para que ele melhore, ter uma bola, encostar com o companheiro, fazer um-dois. Isso tudo ele pode melhorar. Se ele acoplar isso às qualidades que ele tem, ganha ele e ganha o Vitória”, disse o treinador.

“Quando eu cheguei aqui, a situação era muito ruim. O primeiro objetivo era sair dos quatro [últimos]. Já conseguimos, mas ainda estamos ali pertinho. Não fizemos uma gordura que nos permita, de repente, perder um jogo sem sofrer prejuízo. Então temos que buscar isso. Você tem que encarar toda a partida, faltam poucas, como decisão. Não pode deixar para o final, para as últimas três ou quatro partidas. Tem que tentar jogar agora, dentro da sua casa, fora da sua casa, buscando ponto, conseguindo vitórias sempre que possível, para que você crie essa gordura. Acho que você só vai começar a respirar quando você tiver uns seis pontos de folga. Aí você pode tropeçar que não volta para o buraco. Enquanto isso não acontecer, a mentalização do grupo é essa: a cada jogo, uma decisão. Tivemos uma lá contra o Oeste. Tivemos uma gora aqui, vamos ter outra lá em Criciúma. E vamos fechar o pacote de quatro com um jogo em casa. Se, nestes quatro jogos, nós conseguirmos fazer as quatro vitórias, acredito que vamos conseguir fazer essa gordura.”

VEJA A ANÁLISE DO JOGO

“Nós conversamos no intervalo. Acho que o Vitória conduzia bem a bola, dominava bem, tinha uma boa posse de bola, mas não agredia. Era um time que não estava agredindo o Cuiabá. Com isso, o Cuiabá ia ganhando moral, pegando espaço, vinha para cima da gente. Acabamos tomando um gol. Primeiro tempo onde, se você for ver, a nossa posse de bola foi muito maior em relação à do Cuiabá, mas improdutiva. Nós abdicamos, principalmente, da parte ofensiva. O segundo tempo foi diferente. O time já entrou com outra postura, tanto que, com menos de três minutos, já tinha feito um gol. E, a partir daí, o time jogou buscando o gol. Claro que sofria o assédio do Cuiabá, a coisa mais natural do mundo, o Cuiabá jogando em casa, uma pressão muito grande, é um time arrumado. Mas o nosso time passou a jogar. Claro que nos últimos 10, 15 minutos, nós mais seguramos o resultado, mais jogamos no erro do Cuiabá, fizemos até o terceiro gol num erro do Cuiabá, numa saída de contra-ataque rápida. Tivemos mais duas situações em que podíamos ter feito; uma com Bocão, que bateu e o goleiro tirou, mas tinha o Romisson do lado; e a outra com o próprio Jordy, que atacou, tinha um companheiro do lado para fazer o gol, nós podíamos já ter matado a jogada ali. Nos últimos 15 minutos, a estratégia já era puxar o Cuiabá para o nosso campo e usar a velocidade. Mas foi outro time no segundo tempo, foi um time com mais personalidade. Foi um time que sofria o ataque, se defendia, mas também atacava. E, a partir do momento em que começou a atacar, fez os gols”

“Entrar com Baraka, a ideia era se fortalecer um pouco mais no meio, fazer praticamente dois primeiros volantes para soltar um pouco o Lucas e o Romisson pelo lado direito. Quem iria armar por dentro seria o Lucas e Romisson. E a entrada do Eron é porque eu precisava de alguém pelo lado agudo, que fizesse o lado e dentro. O Chiquinho também é outro armador. Se eu coloco Chiquinho, ia ficar com um monte de armador no campo, somente Jordy na frente. Manutenção do Jordy e não do Anselmo, acho que não casou muito bem a primeira experiência. A gente vai voltar a trabalhar, treinar um pouco mais, para ver se encaixa, porque seria muito bom isso. Os dois jogam preferencialmente por dentro. Você põe o Jordy para o lado, ele some, não consegue jogar. Anselmo, se levar para o lado, também não joga. Então a entrada de um jogador mais leve, com mais mobilidade, que também descesse na marcação do lateral para ajudar, compor em cima do Carleto uma ajuda, porque o Cuiabá… Nós estudamos bem o Cuiabá, e isso demonstrou no jogo. O maior volume de jogo do Cuiabá era pelos lados. Eles iam pelo lado e levantava dentro da área. Era praticamente isso que o Cuiabá fazia e fez o jogo todo. Então precisava de marcação pelos lados. Acho que o Eron entrou bem. No primeiro tempo, ele só se preocupou em marcar e ficou com o pé parado. Quando ele começou a entrar para dentro, se movimentar mais, encostar no Jordy, sair de dentro para fora, de fora para dentro, segundo tempo ele foi outro jogador. Acho que ele ajudou bastante.”

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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