No futebol tudo é notícia, até os detalhes simples ganham contornos e destaques mesmo quando escapam das quatros linhas e a relevância é bastante discutível. As estatísticas aparecem em todas as áreas do futebol, quantos chutes foram desferidos com o pé esquerdo, quanto pelo pé direito, quem correu muito e quem correu pouco, chip(s) em meião e até mapa de calor agora é utilizando um indicador da eficácia de um jogador em diferentes partes do campo. Quanto os gols foram marcados na Fonte Nova do lado das traves da ladeira? Quanto foram assinados do lado do dique do tororó? Qual das duas foi mais vazada? Informações de pouca relevância, mas que é possível encontrar com certa facilidade na medida que necessite, o difícil será precisar de tal curiosidade. Mas é a modernidade, dizem.
Nesta linha meramente curiosa, o destaque desta sexta-feira, véspera do duelo entre Fluminense e Bahia no Maracanã, não é o registro que se trata de dois tricolores, e sim, o duelo entre os dois únicos técnicos negros na atual edição do Campeonato Brasileiro. Marcão, recentemente efetivado como técnico do Fluminense e Roger Machado treinador do tricolor, o que é de AÇO.
Marcão contra o Bahia vai para seu quarto jogo obtendo até agora são duas vitória e um empate. No seu último resultado arrancou o empate em 0 x 0 contra o Cruzeiro em Minas Gerais. Já Roger Machado vai para o jogo de número 34 no Bahia com 15 triunfos. Os dois são conhecidos de longa data e jogaram juntos no próprio Fluminense em 2006, ano em que Roger chegou ao tricolor das Laranjeiras. Por coincidência, foi o último de Marcão no time carioca. Marcão nasceu no Rio de Janeiro, enquanto Roger é natural do Rio Grande do Sul.
Ex-técnico do Flamengo, Andrade entrou para a história em 2016 ao se tornar o primeiro treinador negro campeão do Campeonato Brasileiro. Ele já havia levantado o caneco como jogador atuando pelo Flamengo nos anos de 1980, 1982, 1983 e 1987 (Módulo Verde da Copa União), além do título de 1989, com o Vasco. O treinador assumiu a equipe rubro-negra em julho, após a demissão do técnico Cuca. A princípio, foi colocado no cargo interinamente, enquanto os diretores da equipe carioca procuravam um técnico no mercado. Depois de vitórias seguidas, foi efetivado e terminou sendo campeão. Porém, não ficou no cargo após a conquista e injustamente deixou o clube.