Na tarde desta quinta-feira (25), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afirmou que não houve irregularidade do Espore Clube Bahia na inscrição de jogadores contratados de outros times da Série A do Campeonato Brasileiro, e informou ao clube que não existe chance de punição, como foi veiculado pelo jornalista Thiago Braga, no Blog Lei em Campo, do site UOL Esporte. alegando que o Esquadrão teria infringido o artigo 11 do capítulo III do regulamento da competição que diz que “uma vez iniciado o Campeonato, cada clube poderá receber até 5 (cinco) atletas transferidos de outros clubes da Série A”, sendo que Ronaldo foi o sexto contratado, porém, dois dos seis vieram de clubes do Exterior.
Três departamentos da CBF (jurídico, registro e competições) analisaram o caso e concluíram que o Bahia não burlou o regulamento, pelos seguintes motivos:
Dois dos atletas contratados pelo Bahia não estavam sequer inscritos no Campeonato Brasileiro da Série A. Casos do atacante Lucca, emprestado pelo Corinthians, e do zagueiro Wanderson, comprado do Athletico-PR;
Lucca e Wanderson estavam emprestados para clubes de outros países. O atacante no Al-Rayyan, do Catar, e o zagueiro no Shimizu S-Pulse, do Japão;
Excluídos Lucca e Wanderson, o Bahia contratou quatro jogadores da Série A – e portanto está dentro do limite previsto no regulamento. Os outros quatro, por empréstimo, são os zagueiros Marllon (Corinthians) e Juninho (Palmeiras), o volante Ronaldo (Flamengo) e o meia Guerra (Palmeiras).
Em entrevista ao programa de rádio oficial do clube esta semana, o presidente Guilherme Bellintani já havia tranquilizado o torcedor.
“Estamos muito tranquilos. Sabíamos que pelas contratações alguma hora ia surgir questionamento, mas é deixar a torcida tranquila. A CBF disse que estamos regulares. A norma fala entre transferências de clubes da Série A, mas tem um espaço que permite que jogadores que estejam fora do Brasil não sejam contabilizados. Tanto Lucca como Wanderson não estavam inscritos, aptos a jogar e por isso não são contabilizados por essa norma. Nosso foco é no jogo, um jogo complicado onde precisamos nos recuperar. É deixar a questão de regularidade para o nosso jurídico. Cito um exemplo igual, em 2013. Ponte, Criciúma e Portuguesa foram acusados por transferir jogadores que não estava nos clubes de origem. É normal, quando temos crises de gestão, comecem a provocar algumas coisas fora de campo. Respondemos isso com uma gestão cuidadosa e responsável. Vamos ganhar dentro de campo”, disse.