O BAHIA
As eleições do Esporte Clube Bahia mudaram a cara do clube, ainda que o processo de reconstrução esteja ainda em fase de andamento. O Bahia, digamos, deu sorte, quando elegeu dois presidentes fora do baralho do jogo anterior, aliás, ambos completamente desconhecidos do torcedor tricolor, por não participarem da vida pública do clube.
Marcelo Pereira, jornalista, e Guilherme Bellintani, empresário, político com passagem por três Secretarias na gestão do atual prefeito de Salvador. Hoje, segundo os bastidores da política, o atual presidente do Bahia é cotado para ser postulante tanto pelo grupo de ACM Neto (Democratas) quanto pelo do governador Rui Costa (PT) para disputar as eleições para prefeitura de Salvador em 2020. Não se sabe com exatidão, se este foi o fato que lhe trouxe até o Bahia.
Ambos os presidentes do Bahia deram certo quando considerado a organização administrativa, o saneamento das finanças combalidas através da conhecida política de austeridade, e com muita transparência. Dentro de campo, agora considerando os resultados, o Bahia é quase o mesmo, apenas com maior resistência as conhecidas quedas para 2ª divisão, no entanto, está caminhando aos poucos já que a reforma é do estilo do piso ao telhado. Isto demora.
E AS ELEIÇÕES DO VITÓRIA
O Esporte Clube Vitória trilhou por um caminho semelhante em um breve período de tempo depois. Confesso desconhecer se de FATO existem similaridades importantes das eleições de cada clube (especialmente na eleição de Ivã de Almeida).
O certo é que o Esporte Clube Vitória elegeu através dos sócios seu último presidente, o engenheiro Ricardo David, também era figura fora do BARALHO anterior, no entanto, fazia parte do tabuleiro atuando em cargos menores sem visibilidades para a maioria dos torcedores. Antes dele, assumiu Ivã de Almeida com os votos do conselho, quase uma eleição direta. O professor Ivã, ainda que pouco conhecido, também participou de gestões anteriores.
Porém, ambos fracassaram ainda que tenham perfis distintos, até na cor da barba e a modalidade da eleição. Moral: Ivã de Almeida se licenciou e depois optou pela a renúncia na véspera daquele fabuloso jogo Ponte Preta 2 x 3 Vitória em Campinas, que mais tarde passou a ser denominado de “jogo da dedada”, aliás, dedada essa que salvou o Leão da queda para a 2ª divisão.
Ivã começou a administração de forma retumbante, junto com Sinval Viera, seu diretor de futebol, ensaiou formar a “Seleção do Nordeste” contratando jogadores afamados que na verdade não passavam de sobra de sinistro. Não deu certo, foi embora, deixando o clube desarrumado administrativamente e os gastos excessivos acabaram sendo um dificultador para o novo presidente.
Sai Ivã de Almeida, assume Agenor Gordilho (vice-presidente) interinamente. Novas eleições são realizadas e Ricardo David e Francisco Salles vencem o pleito DIRETO com mandato até setembro de 2019, obtendo 945 votos de um total de 1.810 votos computados.
Ricardo David não emplacou no Vitória. Rebaixado no primeiro ano para a Série B. Na sequência não passou da primeira fase do Campeonato Baiano, foi despachado no primeiro round da Copa do Brasil pelo Moto Club e se revelou no seu melhor momento no futebol quando chegou às quartas de final da Copa do Nordeste mesmo não tendo vencido um único jogo, pecando exatamente na área mais vital do clube: Futebol. E vai entregar o Leão deixando na sacola uma goleada de 4 x 0 para o Fortaleza no seu último ato.
PAULO CARNEIRO x RAIMUNDO VIANA
Composição política é implementada e as eleições são antecipadas em uma quase renúncia branca, aquela consentida em nome do melhor para o clube e neste terceiro estágio, o Esporte Clube Vitória, recapitulou quando resolveu dá um mergulho profundo no passado com o embate entre Paulo Carneiro e Raimundo Viana, dois homens da velha aguarda, porém, ambos com serviços prestados ao clube lutando pela presidente do clube.
Como não sou torcedor do Vitória, logo, descontaminado daquela paixão que salva e liberta qualquer coisa mesmo desprovido de fatos reais, acredito que nem Paulo Carneiro muito menos Raimundo Viana vão dar jeito no Vitória, porque simplesmente a situação financeira não permite, pelo menos no curto prazo.
O estrago financeiro é algo surreal, não existe nada que possa gerar novas receitas. E a estrutura é muito pesada. Quem achar que um Salvador da pátria está há caminho, mais uma vez vai se iludir e sofrer. Com muita sorte o Vitória não vai lutar pra cair, e se iniciar uma estrutura visando o retorno a Séria A no ano que vem, já seria para festejar. Na verdade, o Esporte Clube Vitória precisa ser resetado. No entanto, nem todos pensam assim como é possível lê abaixo.
E AGORA?
Quais dos nomes apontados seria o ideal para comandar o Esporte Clube Vitória. Raimundo Viana ou Paulo Carneiro? O torcedor rubro-negro Pedro Roberto, amigo do site, fez sua escolha, lista os motivos e justifica a sua preferência.
“Sem sombra de dúvidas PAULO CARNEIRO é a melhor alternativa para o Vitória, negar isso é ingratidão, falta de visão e desonestidade profissional ou má fé com o Vitória.
Paulo Carneiro tem muitos defeitos, como qualquer um tem, mas não podemos negar ou desconhecer que ele engrandece o Vitória, é ousado, empreendedor, competente e tem amor ao Clube.
Com ele o Vitória foi grande, mudou o cenário do futebol Baiano. Ele fez a diferença.
Fico indignado quando vejo torcedores de resenha repetir o que uma parte dessa pequena imprensa repete. Essa mesma parcela ínfima, tem, é claro seus motivos pra se insurgir contra a volta do Paulo Carneiro, é tão obvia as posições que já perderam credibilidade, tanto pela insistência em criticar quanto pela forma descabida com que defendem os atuais dirigentes.
Esses dirigentes atuais estão destruindo a pujança do Vitória, tornando-o um clube menor, sem ambição, sem autoridade, de uma pequenez sem limites, em âmbito local, regional e nacional.
Essa diretoria que deixando o clube consolida um estrago sem limites, que precisará de muito trabalho, determinação, destemor, autoridade, pragmatismo, coragem e competência para ressurgir o que eles estão destruindo. Hoje o Vitória é um ilustre desconhecido, não é lembrado pela mídia
O que a torcida tem mesmo é que se unir em torno de alguém com estatura, coragem, competência para resgatar o Vitória do obscurantismo, da fraqueza institucional, da incompetência gerencial, da atrofia operacional, da lentidão, da pequenez, que estamos vivendo nos tempos atuais.
Deve também, a torcida e os verdadeiros rubros negros, exigir de igual modo, que o futuro Presidente tenha uma linha de ação bem definida, instinto de grandeza, de ambição, de ousadia, de nunca imaginar que, porque é da Bahia ou do Nordeste não possa ser aspirante a um papel mais significativo no cenário nacional, obtendo títulos nacionais, maior clamor da invejável, enorme e gloriosa torcida.
Acho que PAULO CARNEIRO é o nome. Não o conheço, sou frontalmente contra algumas opiniões e posições que eu o vejo defender, mas, uma coisa é certa e não me resta a menor dúvida que esse é o nome para PRESIDÊNCIA DO VITÓRIA.”