'Meu objetivo é evitar o retorno de Paulo Carneiro ao Vitória', diz candidato

“Meu maior objetivo é evitar o retorno de Paulo Carneiro ao Vitória”, diz Presídio

"Ele foi uma pessoa ruim para o Vitória”, completou o candidato

“Meu maior objetivo é evitar o retorno de Paulo Carneiro ao Vitória”, diz Presídio

Gilson Presídio é UM dos cinco candidatos à presidência do Esporte Clube Vitória na eleição que acontece no próximo dia 24. Em entrevista ao Jornal A TARDE, o candidato admitiu que suas chances de sucesso são praticamente nulas, porém, segundo Presídio, ele estar na disputa com outros planos. “Meu maior objetivo é evitar o retorno de Paulo Carneiro ao clube. Faço isso por considerar que ele foi uma pessoa ruim para o Vitória”

Aliás, vale lembrar que o candidato  entrou com o pedido de impugnação da candidatura de Paulo Carneiro sob alegação não havia cumprindo o período mínimo de associação ao clube, que é de 36 meses contínuos, exigido pela Comissão Eleitoral e que consta no Estatuto do Vitória.  No entanto, Paulo Carneiro apresentou uma decisão liminar que lhe garantiu o direito de concorrer à presidência.

Confirma a entrevista na integra concedida ao jornalista Rafael Teles do Jornal A Tarde:



Qual sua motivação para ser presidente do Vitória?

Meu maior objetivo é evitar o retorno de Paulo Carneiro ao clube. Faço isso por considerar que ele foi uma pessoa ruim para o Vitória. Deixou o time na Série C, depois ainda foi para a Justiça, falsificou documentos, pleiteando indenizações. Se eu conseguir evitar que Paulo Carneiro venha a concorrer, eu renuncio.

No último pleito, você recebeu apenas sete votos. Por que tentar outra vez?

Minha meta não é voto, é esclarecer os torcedores. Mostrar aos sócios quem é aquela figura que ele pensa em colocar de volta no Vitória. Nessa eleição, até como eu não tenho expectativa de ser eleito, me faz favor até quem não vota em mim [mas vota em outro candidato, exceto Carneiro], porque isso evitaria que o vencedor fosse ele.

Você já tentou impugnar a candidatura de Paulo Carneiro, mas não teve sucesso. Pensa em judicializar o pleito?

Eu alertei a comissão eleitoral de que eles estavam se baseando em algo que o juiz, na sentença dele, não abordou. Digo isso sobre a questão de ter no mínimo 36 meses para ser candidato. O juiz apenas mandou que o Vitória aceitasse ele de volta ao Conselho. Então, eu entendo que a comissão está interpretando a sentença de forma ampliada. Se a comissão persiste em manter ele como inscrito regular, infelizmente nós vamos ter que recorrer à Justiça. Estamos só vendo a estratégia para tentar uma definição ainda antes do dia da eleição, para não ficar uma coisa prejudicial. Imagine ele se elegendo. E depois? Quem vai colocar no lugar? Toda a eleição seria contaminada.

Você fala em conquistar um título nacional para o Vitória. Não seria mais importante planejar um retorno para a Série A primeiro?

Passa por isso também. O planejamento estratégico para ganhar em 2020 tem metas anteriores, como essa de ir para a Primeira Divisão. Temos que definir metas, as ações concretas para chegar nessas metas, em que prazos vamos chegar lá, e de onde virão os recursos. Eu não detalhei isso porque não estou no exercício da presidência, e daqui a pouco posso estar fazendo uma coisa que não vai ser usada para nada.

Seu planejamento conta com a contratação da consultoria de um “ex-presidente de outro clube”. Não pensa em ouvir ninguém com passagem pelo próprio Vitória?

Contratar um ex-presidente de clube de futebol, com experiência, bem-sucedido, para já no primeiro dia me ajudar. Não tenho um nome em mente ainda, não tive nenhum contato, temos que primeiro ganhar. Não cogito ninguém daqui porque quem eu teria interesse de ser, não quer. Seria o professor Raimundo Viana. Os outros que passaram não foram bem. Não posso trazer alguém que não teve bons resultados.

Como você avalia a situação financeira do clube, e como recuperar as receitas?

O Vitória precisa voltar ao patamar de um orçamento ao nível que teve na última vez que participou da Primeira Divisão. Isso passa pelo Barradão, passa por aumentar a média do público que vai aos jogos. A gente planeja chegar a no mínimo 20 mil pessoas por jogo. Isso passa pela comodidade do torcedor e pelo patrocinador. É preciso tornar os torcedores comprometidos, eles precisam ser consumidores e clientes de nossos patrocinadores.

Seu projeto cita uma reforma do Barradão. Isso seria possível até o fim do mandato?

Você precisa tratar o torcedor como um cliente, um consumidor. Hoje, o pessoal não dá muita importância a isso. A reforma que eu falo não é transformar em uma arena. Cobertura que eu falo é algo para passar a chuva, uma coisa mais provisória, não é esse gasto todo. Dentre outras comodidades, podemos citar também fazer camarotes. Aproveitar também para fazer do estádio uma fonte de renda. Fazer shows, eventos.

E a Fonte Nova? Qual será a relação com a arena?

Eu buscaria apenas um contrato para jogos com expectativa acima da capacidade do Barradão.

Uma de suas propostas é melhorar o trânsito em dias de jogos. Como vai fazer isso?

Mesmo com a nova via, no horário de pico ainda tem engarrafamento. O próprio clube é responsável também, precisa acabar fila para entrada de sócio. Vamos fazer parcerias junto ao órgão de trânsito para que seja mais efetivo. Gerar facilidade de transporte também para trazer o torcedor para o estádio.

Como vai funcionar o aplicativo ‘Eu Decido Vitória’?

Eu imagino ter uma plataforma, um aplicativo no qual os sócios seriam cadastrados, e ali seriam convocados a votar em todas as decisões relevantes que o presidente entendesse que caberia o envolvimento deles. Por exemplo: precisa mudar o diretor de futebol ou o técnico, eu vou ao mercado saber quais são as opções e coloco a lista para os sócios. O mais votado vai ser o primeiro a ser procurado.

Quais as suas propostas para os esportes olímpicos? Pensa em reativar o basquete?

Não vou ficar no muro sobre essa questão. Nosso foco vai ser o futebol. De imediato, o jogo do fim de semana. Depois, subir para a Primeira Divisão e, lá em 2020, ganhar o título. Então, não posso chegar com foco para o basquete. Nesse primeiro momento, nossos esforços vão ser para o futebol profissional. O que já existe, como o feminino, vou manter. Com os atuais orçamentos, não vou mexer.

Qual a sua avaliação da comissão técnica? Pretende manter Cláudio Tencati?

Hoje, eu diria que não temos intenção de mudar técnico nem nada na comissão do futebol. Eu acredito que o técnico ainda não foi avaliado no Vitória. Ele só tem três jogos, no meio dessa confusão toda.

Nas duas eleições democráticas, o presidente não conseguiu terminar o mandato. Você acha que a democracia é o melhor caminho para o Vitória?

Tenho que corrigir o que você chama de democracia. Não considero que o Vitória está em uma democracia. A eleição é totalmente baseada no abuso econômico. E acredito também que se não houver resultados em campo, tem que sair sim.

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Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com



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