Eles não ligam para nós. Estou só vendo, o sórdido revanchismo da Rede Globo ao Bahia, não se fala do clube, em nenhum programa esportivo do SportTV, estamos no ostracismo em razão da direção do Esquadrão acertadamente, ter rompido com a exploração da qual a grande maioria dos times tidos como médios sofrem recebendo migalhas, valores irrisórios frente aos tidos como os grandes do cenário futebolístico nacional.
Romper com espanholização, em curso no projeto global exige coragem e sacrifícios!
Parabéns, à postura inusitada e desafiadora da gestão passada e atual.
Digo isso, pois por aqui vislumbrei que o atual presidente, poderia arrefecer ao distrato com a Rede Globo, com base nas relações de amizade entre o Senhor Bellintani e o atual prefeito de Salvador, seu padrinho político, cuja a família é uma mera repetidora da programação da Globo.
No entanto, o presida se mantém fiel ao projeto iniciado pela democratização do Esquadrão, coerente com suas convicções e tino à frente da gestão tricolor, nesse sentido faço minha autocrítica, parabenizando-o, que continue neste caminho de reconstrução e consolidação da democracia tricolor!
Não é de hoje nem de ontem, que o apartheid ao nordeste, ao nosso povo, costume, cultura e tradições, se dar, desde da guerra de canudos, no início do século XIX. Esquece-se a região onde concentrar o poder econômico e político do país. Que o Nordeste é que deu ao país, emergente as condições elementares para que hoje fosse o que é.
Os paulistas eram meros traficantes de seres humanos, dos indígenas que exterminaram em um genocídio algoz milhares de povos… Sua economia à época fora feita com sangue indígena e negro, o quilombo dos palmares, que o diga os povos indígenas que chamava o sanguinário Bartolomeu Bueno da Silva, de Anhanguera, ou seja “Diabo Velho”, que deve estar com o Diabo por lá…
Não devemos nada a eles, o nordestino somos sobretudo um forte, parafraseando o grande Euclides da Cunha.
O que nos falta é união em todos os segmentos da sociedade, esportivo, político, cultural, socioeconômico e o futebol, este último mas do que nunca urge que venhamos a nos unirmos contra essa segregação clara e explícita, haja vista a copa do nordeste, que a Rede Globo, tenta de todas as maneiras sufocá-la.
O que me causa indignação e ver nordestino torcerem ardorosamente pelos times de lá: Flamengo e Corinthians, os expoentes máximos dessa falta de identidade com a sua própria terra, quem já morou e mora pelas pragas do sudeste e sul, sabem como eles se referem ao nosso povo, com os adjetivos pejorativos, depreciativo ao nosso povo é repetindo por lá em todos os segmentos da sociedade que haja nordestino.
Ainda bem que a nossa música já se libertou desse aculturamento imposto pela mídia que desinforma o país, é uma redenção de suma importância, mas ainda temos muito que nos libertarmos, e em relação ao futebol e cada vez mais abismal as diferenças, somo meros fornecedores de mão de obra barata aos times do sul. Isto há de mudar.
Espero que o senhor Bellintani, que me parece que tem sangue italiano nas veias, que misturado ao nosso azeite-de-dendê, faça valer o aforismo do de Euclides da cunha, o sertanejo é sobretudo um forte, e não ceda as migalhas dos times da região dos Bandeirantes, e não negocie nossa joia: Eric Ramires, a nenhum time do Brasil.
Se eles não ligam para nós, não temos por quê, torcer para eles… Mas aí é uma decisão muita mais que individual e sim coletiva, e infelizmente estamos muito longe ter essa consciência coletiva. Enquanto isso estamos vendo a cada dia o declínio dos maiores clubes do nordeste.
Foi por essa razão que não pudemos assistir os nossos jovens talentos em campo bandeirante, (BAHIA X BOA VISTA), quem ficou incumbido de transmitir o jogo, não teve a competência necessária para tanto, daí vermos mais uma vez o que eles não ligam para gente.