Recentemente o presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara, “reclamou” da dura concorrência financeira que os clubes brasileiros enfrentam, incluindo o Galo, quando tem de disputar algum jogador com o Palmeiras. Segundo o dirigente, o poderio financeiro do clube paulista tem impedido que outras equipes consigam buscar jovens revelações para reforçar seus elencos. Na ocasião, Sette Câmara citou dois casos. Segundo o dirigente atleticano, o Galo tentou contratar o meia Zé Rafael, do Bahia, e o atacante Arthur Cabral, que jogou pelo Ceará em 2018. Ambos foram para o Palmeiras sem que o Galo tivesse condições de concorrer.
Outro caso semelhante, porém, sem reclamação e sim apenas constatação vem dos clubes Ceará e Fortaleza que no inÍcio desta temporada estão no mercado buscando os mesmos jogadores de interesse do Bahia. A disputa de certo modo desigual é retratada pelo jornal O POVO que anota que o Bahia levou vantagens nas disputas por quatro jogadores e justifica a vantagem pelo maior orçamento do tricolor de aço: são R$ 129,8 milhões contra R$ 70 milhões do Ceará e R$ 56 milhões do Fortaleza – recém promovido para o Brasileiro da Série A.
Ainda segundo o Jornal, o Fortaleza foi o mais prejudicado pelas “rasteiras” do Bahia. O Fortaleza fez proposta oficial pelo zagueiro Ernando e pelo atacante Rogério, ambos ex-Sport. Porém, o time baiano acabou entrando na jogada e contratou os dois, sendo que Rogério já foi apresentando oficialmente como jogador do Bahia. Já zagueiro Ernando ainda está em fase final de negociação. Ele, inclusive, já está treinando no Fazendão e rescindiu com o Inter, ou seja, deve ser anunciado a qualquer momento.
Além deles, o meia Jean Mota, do Santos que já passou pelo Fortaleza em passado recente também pode ir para o Esquadrão de Aço. O Fortaleza fez proposta para contar com o meia por empréstimo, mas o Bahia também fez proposta e o próprio atleta optou pela equipe baiana. A única pendência é a liberação do técnico Jorge Sampaoli, que ainda avalia o elenco santista.
Já o Ceará levou a pior para o Bahia em uma disputa, mas foi uma de peso. O Alvinegro fez todos os esforços possíveis para contratar por empréstimo o meia Artur Victor, do Palmeiras, inclusive oferecendo uma proposta salarial superior à oferecida pelo Tricolor, mas Arthur optou pelo time baiano.
“O Bahia tem uma condição financeira maior. Não é querer comparar, é a verdade. O Bahia tem um respaldo financeiro maior, uma cota maior, o histórico do Bahia diz tudo isso. Então em algumas situações o atleta opta por quem tá pagando mais”, declarou o diretor de futebol do Fortaleza, Daniel de Paula Pessoa em entrevista ao jornal.
Já o Ceará tem uma visão diferente, segundo Raimundo Pinheiro, vice-presidente do Ceará as competições internacionais são um passo pra Europa, e os jogadores pensam nisso.
Em 2019, o Bahia vai para a sua terceira disputa seguida na Série A do Campeonato Brasileiro, o que tem consolidado o clube como principal potência do Nordeste na elite do futebol, agregando maior visibilidade e melhor perspectiva junto ao mercado certamente é um dos motivos pela vantagem tricolor neste momento.