Apresentado no Atlético-MG, ex-Bahia explica dança “polêmica” e confusão no BA-VI

Vinícius afirmou que seguirá com a dança, mas com cautela

Apresentado nesta segunda-feira, na Cidade do Galo, como o quinto reforço do Atlético-MG para a temporada 2019, o meia Vinícius, de 27 anos, foi questionado sobre a dança “polêmica” nas comemorações que gerou uma briga generalizada em clássico que ficou conhecido como o “BA-VI da Vergonha” pelo Campeonato Baiano de 2018 após dançar em frente à torcida do Vitória. Ele explicou e afirmou que seguirá festejando seus gols dessa maneira, mas de forma mais “cautelosa”.

“A dancinha surgiu porque hoje os times fazem aqueles gifs de comemorações nas redes sociais, aí no Bahia foi assim. Todos os jogadores fizeram os seus, e eu fiz a dancinha. O primeiro gol do ano passado do Bahia foi meu, e eu comemorei como tinha feito na gif. Depois da confusão eu fiz gols e fiz a mesma comemoração, pois não tinha feito especificamente naquele jogo, já vinha fazendo e continuei, mas sabendo onde comemorar. No Brasileiro teve ‘Ba-Vi’, eu fiz gol e fui para a torcida do Bahia. É saber onde comemorar. Hoje, muitos torcedores do Galo, nas redes sociais, me pedem para fazer a dancinha. Na hora do gol a gente explode. Mas é aquela coisa: o que a massa pede a gente tem que fazer”, disse o meia.

A polêmica aconteceu no dia 19 de fevereiro, durante o clássico BA-VI pela primeira fase do Campeonato Baiano. O Bahia perdia por 1 a 0, até que Vinícius marcou um gol de pênalti e comemorou de frente à torcida do Vitória com uma dança estilo “Créu”. Os adversários partiram para cima e a confusão começou. Vinicius acabou agredido e expulso, junto de outros quatro jogadores (dois do Bahia e dois do Vitória) e a partida acabou sendo encerrada antes do apito final e indo parar nos tribunais. O meia disse que tirou alguns aprendizados daquela confusão.

“De tudo a gente tira aprendizado. Em momento algum eu quis ofender a torcida adversária. Eu já fazia aquela comemoração. No momento lá, clássico, sabemos como é, seja Atlético x Cruzeiro, seja ‘Ba-Vi’, é pegado e mexe com a emoção. No calor lá, todos foram errados. Pego isso como aprendizado. Hoje, se por acaso eu fizer gol vou tomar cuidado em onde comemorar. Mas claro que vou querer fazer gols, seja em clássico ou qualquer outro jogo”, detalhou Vinicius, que assinou com o Galo até dezembro de 2020.



O atacante Denílson, contratado pelo Atlético-MG junto ao Vitória em junho de 2018  e emprestado neste ano para o Al Faisaly, da Arábia Saudita, por cinco meses, foi um dos personagens daquele BA-VI vergonhoso. Vinícius disse não ter conversado com o jogador, apenas com o goleiro Fernando Miguel. Mas deixa tudo no passado.

“Única pessoa que tive contato depois foi o Fernando Miguel (goleiro do Vitória), os demais não tive. Mas não levo mágoa nem rancor de ninguém. O mundo gira, Denílson está emprestado, mas se vier para cá vamos conversar e deixar bem claro que aquilo ficou para trás. Que eu tenha aprendido, que ele tenha aprendido, e que possamos juntos fazer história no Atlético”, frisou o novo reforço do Atlético.

Vinícius desembarcou no Bahia em meados de 2017 após ficar seis meses sem jogar por causa de um imbróglio com o Atlético-PR. No total, jogou 88 partidas, marcou 15 gols e deu 12 assistências para gol. Ele foi um dos destaques do Bahia na conquista do Campeonato Baiano de 2018, mas caiu de rendimento no Brasileiro, virou reserva e perdeu espaço com a promoção do jovem Ramires. Ainda assim, foi o vice-artilheiro do time no ano com 12 gols em 60 jogos, atrás de Zé Rafael e Edigar Junio (ambos com 13), e também o líder de assistências do tricolor em 2018.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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