O momento do Bahia é turbulento e não é por menos. Apesar da classificação na Copa do Nordeste para as semifinais (obrigação) e o triunfo expressivo sobre o Vasco pela Copa do Brasil, no Campeonato Brasileiro a situação é delicada e preocupante. Não vence há quatro jogos e como visitante ainda não pontuou, pior, sequer fez gol, o que culminou com a entrada na zona vermelha. Atualmente ocupa a 18ª posição com apenas 5 pontos dos 18 possíveis.
Diante desse cenário de pressão, inclusive, com cobranças da torcida organizada no Fazendão, o técnico Guto Ferreira concedeu entrevista e foi questionado sobre diversos assuntos. Entre eles, a falta de oportunidades ao volante Nílton, que entrou em campo apenas cinco vezes na temporada, além das críticas da torcida ao atacante Kayke que mesmo tendo chances de entrar no decorrer dos jogos, não convence.
Sobre Nilton, Guto justifica afirmando que existem jogadores à frente do experiente volante no momento, além disso, destaca que na posição dele, não vem fazendo mudanças constantes como no setor ofensivo. Em relação a Kayke, o treinador disse que pretende preservar o atleta para colocá-lo num momento mais propício, quando o time estiver vencendo, e não quer acelerar o processo e correr riscos.
Veja abaixo:
NILTON
“É um jogador que está buscando o seu espaço e que dentro da nossa leitura, tem alguns jogadores que estão à frente. Nos momentos que a gente achou viável colocá-lo, colocamos. Em algumas ele deu resposta importantes e em outras partidas começando ele não teve a felicidade de fazer um grande jogo. Mas tudo isso é um processo. É um jogador de um caráter extremo, que trabalha muito, que busca seu espaço, e que talvez, se a gente tivesse o hábito toda partida de estar trocando volantes, talvez ele já tivesse um pouco mais de oportunidades. Não é o que vem acontecendo. A gente troca muito mais os jogadores de frente do que os jogadores atrás. Por isso, talvez, às vezes falta um pouco mais oportunidade”
KAYKE
“Eu não consigo desistir dos jogadores. Só que Kayke teve muito mais oportunidades e não é o momento viável. Mas temos que deixar passar um pouquinho, a equipe dar uma estabilizada e a partir disso a gente encontra o melhor momento que Kayke esteja com a cabeça mais forte em termos de confiança. Que a equipe faça partidas que possa trazer uma confiança maior do torcedor e que a gente possa encontrar o momento de oportunizar novamente o Kayke e que ele possa nesse momento se encontrar. Porque se não se encontrar, volta tudo na estaca zero. Não adianta eu ficar acelerando os processos, a gente vai correr riscos. Nessa partida a gente não tá levando o Kayke, nós vamos ter só um centroavante à disposição. São decisões difíceis, mas que em algum momento você tem que tomar mesmo saindo ferido dessa situação, mesmo não gostando”