Futebol antes de qualquer conversa é negócio. Sempre foi assim, só que no passado distante, o mercantilismo e ganhos era consequência, por isto vinha depois. Hoje com a entrada da TV como dona do negócio, o futebol ainda que se apresente como o produto final, tornou-se algo secundário. Neste cenário, o Clube de Regata do Flamengo se estabeleceu.
Ainda que não tenha grande time, ainda que esteja caindo pelas tabelas, sempre terá privilégio, sempre estará em evidencia, porque ele vende, ele tem apelo, e ele alavanca os negócios daqueles que investem no futebol, notadamente pela força e tamanho da sua torcida espalhada pelo Brasil afora, e isto significa retorno. Não é por acaso, que o Flamengo é o clube que maior recebe de cota de TV, quase 200 mil reais de reais. Mas que o dobro de Bahia e Vitória quando juntos.
Não é por acaso também que o time carioca conta com apoio de diversos patrocinadores. Entre eles só na atual temporada estão: Adidas, MRV, Caixa Econômica Federal, Carabao ( este paga 25 milhões por ano e o contrato vai até 2022, TIM, Universidade Brasil, Kodilar, Thinkseg, Faculdade Estácio de Sá, Orthopride, Sistema de ensino Gp1, Rede Dior São Luis, Furnas, Brahama.
Além deles, desenvolve parceria comercial com Gatorade, bioleve, Posto Ypiranga, Greenleat, Pontal, Tecfife, Expresso Recreio, Reboot, Pavibloco, Yougus, Sistema elite, Meddit, Nutrueduc, Hermes Pardini, Vacsport, GOsport, Caminhões Volkswagen Brasil e PES2018. Portanto ninguém está nesta bandeira por amor e sim pelo retorno .
Ontem o jornalista Thiago Wagner do site JC de Pernambuco, relata que o afamado carioca receberá de cota da Caixa Econômica Federal algo próximo de R$ 32,6 milhões, e esse montante supera a soma dos nordestinos Bahia, Vitória, Sampaio Corrêa, Ceará e Fortaleza, que juntos somam R$ 30,4 milhões.
Vejo que a diferença como naturalíssima, já que a meta é lucro, ainda que acredite que no caso da Caixa Econômica a meta é a solidificar a marca através da perenidade de uma instituição já consolidada no mercado dos bancos. Além disso, trata-se de empresa pública do governo federal brasileiro e neste caso, o dinheiro pode sair a rodo atendendo as questões políticas. Aliás, um abraço para Geddel Vieira Lima, o homem das “CAIXAS”
De qualquer sorte segue o relato, acrescento apenas que na listagem do jornalista, não considerou que o CRB também renovou o contrato com a Caixa Econômica e receberá cerca de R$ 1,3 milhões.
Veja
De todas as equipes do Nordeste contempladas até agora pela Caixa, as que mais recebem são Bahia e Vitória. A dupla recebe R$ 9,5 milhões de acordo com os contratos divulgados no Diário Oficial da União.
O Ceará vem logo em seguida com R$ 6,7 milhões. O Fortaleza ganhará R$ 3,2 milhões, enquanto que o Sampaio Corrêa receberá R$ 1,5 milhões. O Sport tinha parceria com o banco até o fim do ano passado, mas ainda não renovou e dificilmente pode fechar com a Caixa já que tem débito de tributos do ano passado conforme apuração do JC sobre o balanço financeiro do clube rubro-negro.
Entre todos os clubes patrocinados pela Caixa em 2018, o que mais se aproxima do Flamengo é o Atlético-MG, que fechou um patrocínio de R$ 13,1 milhões.
Não só são os clubes que recebem patrocínio da Caixa. De acordo com o Diário Oficial, três federações ganham verba do banco. São as federações de Rondônia, Sergipe e Rio Grande do Norte. Juntas, somam R$ 1,6 milhões. A federação sergipana recebe mais: R$ 900 mil. A Copa Verde também é contemplada com R$ 2 milhões.
América Futebol Clube: R$ 6.300.000,00
Atlético Mineiro: R$ 13.100.000,00
Atlético Paranaense: R$ 6.000.000,00
Avaí Futebol Clube: R$ 4.000.000,00
Esporte Clube Bahia: R$ 9.500.000,00
Ceará Sporting Club: R$ 6.700.000,00
Criciúma Esporte Clube: R$ 2.300.000,00
Clube de Regatas Flamengo: R$ 32.600.000,00
Fortaleza Esporte Clube: R$ 3.200.000,00
Londrina Esporte Clube: R$ 3.100.000,00
Paraná Clube: R$ 5.000.000,00
Paysandu Sport Clube: R$ 3.900.000,00
Ponte Preta: R$ 4.000.000,00
Sampaio Corrêa: R$ 1.500.000,00
Vitória: R$ 9.500.000,00
* O Goiás também fechou parceria com a Caixa, mas ainda não teve os valores divulgados no Diário Oficial da União.