A punição imposta ao Vitória, se é que podemos considerar uma multa de R$ 100 mil como punição, por ter de forma proposital forçado uma quinta expulsão e consequentemente o término da partida aos 32 minutos de bola rolando, isso sem considerar o enorme tempo que ficou parado por conta da confusão, não foi bem aceito tanto pelo Bahia, quanto os demais clubes que brigam por uma vaga nas semifinais do Campeonato Baiano.
O presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense de Feira, José Francisco Pinto, falou nesta quarta-feira sobre a punição branda recebida pelo Vitória que, segundo ele, compromete daqui para frente abrindo precedente para outra equipe fazer o mesmo. Ele ainda contestou a decisão e questionou, se fosse um time do interior..
“Eu acho que isso compromete mais para frente. Imagine uma equipe que chega ao final da fase de classificação do campeonato, sem chance de se classificar, e precisa viajar 400, 500 km para jogar e não vai preferindo tomar um W.O., porque nada vai acontecer? Acho que poderia ter tido uma punição diferente. Foi uma punição branda. Queria saber se fosse um time do interior… Acho que abriu um precedente”, disse.
Com 13 pontos na quarta posição do Baianão, o Fluminense de Feira se sente bastante prejudicado, primeiro com os três pontos conquistados pelo Bahia, que hoje poderia ter 12 (considerando o empate em 1 a 1 no BA-VI) – e não 11 como foi dito pelo conselheiro do Flu-BA. Segundo Zé Chico, o Bahia se beneficiou dos pontos e do saldo de gols e o mais correto e justo seria a realização de uma nova partida com portões fechados e com resultado decidido dentro de campo.
“Prejudicou, porque o Bahia agora teria 11 pontos. Os outros clubes que estão envolvidos foram prejudicados. Deveriam cancelar esse jogo e remarcar com portões fechados, para ter um resultado dentro de campo. O mais justo seria uma nova partida, também não sei se na legislação tem essa brecha, mas também teve a brecha do Vitória ter escolhido tomar o W.O. O Bahia se beneficiou dos pontos e do saldo de gols. Tem alguma coisa aí que não está batendo. Mas a gente tem que acatar as decisões da Justiça”, disse.