A traumatologia, como o próprio nome sugere, é a parte da medicina que estuda os efeitos do trauma. E o trauma é um fator indissociável de modalidades de contato, como é o caso do futebol. Por consequência, a atuação da área no futebol é comumente associada apenas aos casos de lesões em decorrência de traumas. Contudo, trata-se de um suporte muito mais importante à prática esportiva, que não se limita aos processos de recuperação. Sendo assim, buscando a reabilitação dos atletas em alto nível, a Associação Desportiva Jequié (ADJ) firmou parceria com a Clínica OrthoPhd – Ortopedia Especializada.
“A primeira atuação dos ortopedistas em uma equipe de futebol é a planificação do treinamento com o intuito de diminuir os problemas físicos dos atletas. As atividades devem ser idealizadas em uma perspectiva interdisciplinar, com ganhos diferentes aos jogadores e sem causar problemas físicos posteriores”, disse o Ortopedista e Traumatologista, Dr. Élio Cruz Júnior, médico da OrthoPhd.
O futebol é um esporte caracterizado por movimentos abruptos, alta intensidade e sucessivas mudanças de direção. Todas essas características expõem demais os atletas, e a lista de riscos ainda inclui os problemas externos à normalidade (buracos no gramado, por exemplo). Portanto, a atuação dos ortopedistas em equipes de futebol deve ser muito mais ampla do que o tratamento de lesões. Esse processo deve incluir avaliações e metodologias de prevenção de problemas.
Na Clínica OrthoPhd, os atletas do Jequié realizam avaliação ortopédica e acompanhamento de lesões, prevenção das lesões do aparelho locomotor, reabilitação das lesões do aparelho locomotor, diagnóstico por imagem das lesões esportivas, tratamento e estudos sobre as lesões por sobrecarga, interação multidisciplinar para a detecção de talentos, trabalhos científicos relacionados a epidemiologia, diagnóstico, prevenção e tratamento das lesões esportivas, correlação com estudos biomecânicos, avaliação do risco para lesões e critérios para o retorno ao esporte e procedimentos artroscópicos no joelho, ombro, cotovelo e tornozelo.
De acordo com Dr. Élio Cruz Júnior, a atuação dos médicos ortopedistas deve ter como meta fundamental a prevenção de lesões.
“Para que isso aconteça, porém, seu trabalho deve ser condizente com as outras atividades desempenhadas pela comissão técnica, desenvolvendo um ganho complementar para o atleta. Nas partidas de futebol, apenas 42,4% das atividades de um jogador (em média) são realizadas com a bola. E a grande maioria das lesões traumato-ortopédicas acontecem exatamente nesses momentos. Portanto, o trabalho de prevenção de lesões deve ser direcionado ao fortalecimento dos atletas para acelerar e otimizar seus momentos de controle da bola”, ressaltou.
Além do trabalho de prevenção, os médicos ligados à ortopedia devem se responsabilizar pelo primeiro contato com atletas lesionados e pelo protocolo de recuperação em casos de lesões de atletas do Jequié.
“No futebol, isso representa um acúmulo de conhecimentos acerca de diferentes áreas que podem ser afetadas, tais como o joelho, o tornozelo, o ombro e o quadril. Alguns casos, sobretudo os que precisam de intervenção cirúrgica, devem ser encaminhados a especialistas na articulação em questão”, finalizou Dr. Élio Cruz Júnior.