Duda Sampaio: O legado dos sete mortos

Duda Sampaio: O legado dos sete mortos

Duda Sampaio: O legado dos sete mortos

Texto publicado em 19/12/2007

Em 03/12 postei no fórum do Portal Esportivo sob o título “Eis aqui a resposta” exatamente o que aconteceu agora – a decisão judicial para a saída de Petrodólares Barradas.

Tá lá na lei, é o que está escrito, agora se vai ser cumprido ou o que vai decorrer da sentença, sabe lá a deusa cega da Justiça.

Um fato, meus amigos, é a INSUSTENTABILIDADE deste grupo à frente do Bahia. Tá na foto do ATEC de hoje a figura onipresente de Maracajá na reunião com JW, e o nosso Tribunal de Contas finge que não vê nada, nem sabe de nada, parece o Lula! O homem é o presidente de fato do Bahia, meus senhores! O que vocês estão esperando para processá-lo?

Esta decisão para mim foi uma decisão celestial, porque se a FRAQUEZA e a FALTA DE CORAGEM dos homens não foi suficiente para retirar estes salafrários do comando de time, talvez este tenha sido o legado de Midiã, Márcia, Djalma, Milene, Jadson, Anísio e Joselito: morrer em nome do clube e pelo clube para que eles finalmente pudessem sair – ou ser retirados a fórceps.

Já expressei aqui minha sensação de que nada vai acontecer, mas só a VERGONHA que eles estão passando agora já seria suficiente para que qualquer pessoa HONRADA se visse na situação IRREVERSÍVEL e efetivamente visse que sua vaidade e orgulho nada fazem a não ser afundar ainda mais e macular ainda mais o nome do Esporte Clube Bahia. Estes SENHORES são os responsáveis DIRETOS pelo maior escárnio da história do futebol brasileiro, pois o que vemos são clubes que sofrem as mazelas de administrações ruins, caem de série mas voltam no ano seguinte com outra

MENTALIDADE, outra POSTURA, outra VISÃO. Palmeiras e Botafogo caíram e voltaram no ano seguinte; Atlético e Grêmio idem, e vejam que o Botafogo foi campeão carioca, o Palmeiras quase chega na Libertadores e o Grêmio foi vice-campeão sulamericano, tudo em sequência. Isto reforça a minha teoria da FÊNIX: tem que morrer para renascer mais forte. No entanto, o Bahia nunca morre porque seus DIRIGENTES pilantras ficam segurando o osso, seus CONSELHEIROS MENTECAPTOS tiram dos próprios bolsos para pagar as contas – e acham que estão fazendo um grande favor quando na verdade estão é piorando tudo – e sua TORCIDA ACÉFALA e XIITA, que sob a suposta bandeira do amor inabalável se submete a todos os tipos de humilhação possível e continua enchendo as burras deles.

Por mais que doa, o momento de dar o golpe de misericórdia e de chutar o cachorro morto é esse. O clube tem que fechar suas portas para balanço, licenciar-se do Estadual, fazer um timezinho apenas para figurar na Copa do Brasil e outro para não cair de volta pra série B. Tem que passar o ano de 2008 todo PLANEJANDO, montando uma ESTRATÉGIA para 2009, criar uma ESTRUTURA de clube, sair do AMADORISMO no qual na verdade sempre viveu. Tem que ser DISSOLVIDA a estrutura jurídica do clube, colocar TODOS PRA FORA, não ficar absolutamente ninguém que já tenha participado desta fase ridícula e humilhante do clube – e da qual me orgulho de não ter participado. Pessoas de bem, interessadas no clube não para proveito próprio, mas que visem reerguer a história da agremiação, e com idéias novas e possíveis devem estar a postos para assumir a nova gestão – nada de Fernando Jorge e o jornalista, mas eu, você, Rui, o Pinto, nossos confrades.

Se vocês acham que o que houve até aqui foi muito, esperem 2008 para voces verem – aí é que o bicho vai pegar!!! Imaginar joguinhos de várzea com um time inexistente – amigos, hoje é dia 18, faltam 20 dias pro campeonato começar e nem time o Bahia tem!!! – em um campinho mixuruca é realmente o ocaso maior do tricolor. Mandar jogos da Copa do Brasil em Feira porque lá o estádio é maior, isso é absolutamente escorchante. Jogar um Ba-Vi pra sete mil pessoas, isso não existe. Isso sem falar na quantidade de pessoas que vão morrer na BR-324 e na Via Parafuso, voltando totalmente chapadas dos jogos em alta velocidade, com bandeiras e camisas penduradas nas janelas e com o rádio nas alturas tocando o hino após qualquer empatezinho com o Chubalelê Futebol Clube.

Repito: por mais que doa – e dói em mim também ver o clube que eu APRENDI a amar e a torcer, ver o clube que me deu a HONRA de ser chamado de CAMPEÃO BRASILEIRO, que me fez chorar naquele fevereiro de 1989 como se fosse uma criancinha da qual quebram o brinquedo ou roubam o doce – a hora é agora. Vamos deixar a lâmina da guilhotina cair, vamos extirpar este pescoço podre e esta cabeça cancerígena do nosso CORAÇÃO tricolor!

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Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com



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