Após 10 anos da tragédia ocorrida no dia 25 de novembro de 2007 na Fonte Nova, que tirou as vidas de sete pessoas, quando uma estrutura de concreto da arquibancada superior cedeu derrubando vários torcedores de uma altura de 20 metros, durante a partida entre Bahia e Vila Nova, pela Série C daquele ano, ninguém foi punido ou condenado. Mais de 60 mil pessoas festejaram o acesso do time à Série B e só tomaram conhecimento do acontecimento horas depois, sendo este o último duelo antes da demolição em 29 de agosto de 2010 para a construção da Arena Fonte Nova.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) na época denunciou por homicídio culposo e lesão corporal de natureza culposa o ex-jogador e ídolo do Bahia, Raimundo Nonato Tavares, o Bobô, além do engenheiro Nilo dos Santos Júnior, então diretor-geral e diretor de Operações da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), respectivamente. No entanto, em 14 de agosto de 2009, o juiz substituto da 10ª Vara Crime de Salvador, José Reginaldo Nogueira, decidiu absolver os réus.
O magistrado entendeu, na ocasião, que as provas apresentadas pelo MP-BA eram insuficientes. Porém, o promotor de Justiça Maurício Cerqueira recorreu da decisão três dias depois. Em julgamento realizado em julho de 2010, a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia julgou improcedente o recurso e manteve a decisão do juízo de primeiro grau, que decidiu não culpar ninguém.