Eu não posso afirmar que estaríamos disputando vaga na Libertadores se ainda estivéssemos com o Guto Ferreira no comando técnico do Bahia, mas com certeza não teríamos visto o time jogar de forma covarde e pequena como vimos no período de Jorginho e Preto Casagrande. Precisamos lembrar também que na reta final da Série B do ano passado perdemos muito fôlego e se não fossem os tropeços de Náutico e Londrina, provavelmente estaríamos sofrendo mais um ano na segundona, com o mesmo Guto Ferreira.
Mas voltando a falar de desempenho este ano, Jorginho foi uma aposta que deu errado, já que ele tirou toda a alegria que o time tinha de jogar que o Guto Ferreira conseguiu implantar na equipe, embora no início parecia viável, o direto no fígado, o “uper” no queixo que nós tomamos mesmo foi a manutenção e efetivação de Preto Casagrande como técnico da equipe, este conseguiu piorar ainda mais o que Jorginho tinha feito.
Se atentarmos bem para o elenco do Bahia de Guto Ferreira para o atual técnico, o Paulo César Carpegiani, o grupo é basicamente o mesmo e pasmem, continuamos jogando sem centroavante de ofício, mesmo com Rodrigão, antes de ser dispensado, e Hernane fisicamente recuperado. Do time de Guto para o de Carpegiani, somente Régis deu lugar a Mendoza. Allione voltou a jogar bem, Edigar Junio passou a ser o artilheiro do Bahia, hoje com 9 gols marcados, o Mendoza o segue com 7 gols, e o time voltou a jogar com alegria.
Eu acompanho o Bahia desde meus 13 anos, hoje estou com 58, e desde o título de 1988, decidido em 1989, comandado por Paulo Maracajá, que não vejo uma diretoria que tenha dado tantas alegrias a torcida como esta de Marcelo Sant’Ana, mesmo com sendo criticada e taxada de “amadora”. Tivemos o acesso a elite do futebol nacional, abdicamos do Campeonato Baiano para conquistarmos a valorizada Copa do Nordeste, estamos bem colocados na tabela do Brasileiro, classificados para oitavas de finais da Copa do Brasil de 2018, possibilidade de acesso à Libertadores, e se não acontecer, posso assegurar que classificados para a Sul-Americana.
No âmbito patrimonial recuperamos o Fazendão e consolidamos a aquisição da Cidade Tricolor, estamos em dia com as obrigações, jogadores e funcionários em dia com os seus pagamentos, hoje o clube tem credibilidade com jogadores que outrora não desejavam jogar aqui por não ter certeza de receberem seus salários, o Bahia a partir desta gestão passou a ser respeitado, coisa que havia perdido ao longo das várias gestões temerárias que passaram pelo clube. Hoje os jogadores do tricolor são cobiçados por outros clubes que nos proporcionarão retorno financeiro.
Tudo isto deve-se a esta diretoria “amadora” que nos últimos 3 anos transformou o Bahia de um clube falido em viável, de desacreditado em correto e principalmente de “morto” em vencedor. Gostaria de ver Marcelo Sant’Ana reeleito, mas como esta opção não é mais possível, espero vê-lo no comando do Bahia uma outra vez. Não me iludo, ainda precisamos muito mais, mas estamos no caminho certo.
VAMOS SERÁS O VENCEDOR.
Juscelino Santiago Dos Santos, torcedor do Bahia e amigo do Futebol Bahiano.