Recentemente lendo e ouvindo as notícias da mídia esportiva do eixo sul-sudeste, tomei conhecimento que o nosso EX-Animal Edmundo, dirigiu uma série de elogios ao nosso Bahia, no que se reporta ao seu desempenho nesse complicado campeonato brasileiro/2017.
Fiquei imaginando o “por que?” das palavras (suspeitas) desse cidadão que, na média geral dos cronistas da sua região, não admitem que um time do Norte/Nordeste tenha uma melhor performance nesse imenso certame nacional (vide a resposta do Mancine naquela coletiva). Entretanto, falou uma verdade que está clara e cristalina: o Bahia voltou a se apresentar bem.
Agora imagino que o nosso futebol brasileiro, de há muito tempo, perdeu a sua identidade no que se refere a qualidade, tanto no quesito qualidade dos jogadores (são raríssimos os “ídolos”) quanto no quesito “grupo” destes. Isso é importante considerar quando se observa que os nossos principais times, à nível nacional, tem apresentado um rendimento muito abaixo do que o habitual, numa clara demonstração de decadência decorrente de uma erosão dos nossos melhores valores para os outros continentes.
Senão, vejamos:
O Corinthians começou o campeonato de forma meteórica, com uma série de triunfos, sem tomar conhecimento dos adversários. Ganhava de todos com relativa facilidade ou até mesmo num sufoco danado, mas ganhava! Seria um excelente time? Convencia nas apresentações? O seu treinador era de primeiríssima linha nas experiências exigidas?
Eu, em humilde avaliação, penso que não! Criaram uma série de justificativas para explicar o “fenômeno” paulista. Uns afirmavam que o inexperiente treinador estaria “inovando” num esquema em que entregava a posse da bola ao adversário e o vencia num “mortal” contra-golpe. Como??? Ave Maria!!!
Falaram em EFICIÊNCIA… Eficiência?
Eu imagino que tenham dado muita sorte nos jogos em que venceu ou empatou no último minuto com um futebol cartorial, sem muita dinâmica e criatividade. Jogando mais em função do quesito “sorte” do que na própria aludida EFICIÊNCIA. Estava ganhando mas, hoje, não ganha mais. O que houve? Os adversários se aperceberam dessa duvidosa tática vencedora que eu chamaria de “esparro azarão”…
Assim a sua condição de líder absoluto na competição não seria o resultado da aplicação nos jogos, mas pela falta de qualidade dos demais concorrentes em vencer os seus jogos também, numa cascata de um futebol feio e medíocre. Futebol sem a qualidade de outrora quando se via bons jogadores e bons times treinados por profissionais de reconhecida qualidade.
Inventaram também um termo que não consigo entender, mas que muita gente boa não cansa de repetir e virou um MEME no meio futebolístico: o “futebol REATIVO”… O que é isso? Reativo? Houve um momento que pensei tratar-se de algo na natureza NUCLEAR de uma bomba” (kkkkkkkk). Tomar um gol e tentar reverter uma derrota faz parte do futebol desde o tempo da “pedra lascada”! Acorda MACACADA !!!
Então, em um exercício de aplicada ficção, pude perceber o “por que?” do nosso “animal” afirmar que o futebol do Bahia está tão bonito e que dá gosto de se ver: temos um bom grupo, com jogadores que estão buscando superar os obstáculos que se apresentaram nesse momento e um treinador que conhece bem do riscado.
Provoquei aqui (tem um tempinho) os nossos queridos e necessários CORNETEIROS para firmarem posição sobre este fato de que o Bahia estava se apresentando bem. Alguns que responderam, o fizeram falando na tal INEFICIÊNCIA em fazer os gols necessários aos triunfos, que jogar bonito não ganhava jogos, outros se eximiram e até sumiram (o que houve?).
Estamos jogando bonito e isso não se discute. Espero que assim continue e que consigamos, além de jogar bonito, trazer os pontos necessários para carimbar o alvará de permanência na série A, em 2018
Hoje quem está afirmando as boas apresentações do Bahia são os cronistas do eixo sul numa clara demonstração de que ainda tem “vida inteligente” no mundo do futebol naquela região do País. Enquanto isso…
BBMP !!!!!!!!!
Paulinho Fernando