Após semanas em silêncio desde a saída de Jorginho, a diretoria do Esporte Clube Bahia finalmente tomou sua decisão final e decidiu assumir os riscos apesar do clamor da torcida pela contratação de um treinador experiente com maior bagagem e confirmou oficialmente Preto Casagrande como técnico da equipe até o final do Campeonato Brasileiro, atendendo os pedidos dos jogadores que declaravam publicamente apoio ao interino. Com isso, Luiz Iubel será o auxiliar técnico, papel que já desempenhou ao lado de Charles Fabian em 2016.
O anúncio feito pelo presidente ao programa do Esquadrão surpreendeu, ainda que existisse a possibilidade da manutenção de Preto, porém, a situação do time na Série A é preocupante e pode se tornar crítica caso não vença os próximos jogos. O que se esperava era a contratação de um nome mais rodado, com alguma experiência na área e acostumado à pressão, algo que Preto ainda não passou por estar verde, engatinhando na carreira de treinador. No entanto, a diretoria não pensa desta forma e preferiu pela efetivação alegando que a “decisão foi tomada com muito equilíbrio e cautela”.
Mas como uma decisão dessa pode ser considerada como equilibrada e cautelosa? Analisando apenas CINCO jogos? Onde se venceu apenas DOIS, mesmo jogando TRÊS dentro de casa? E ainda assim sem mostrar qualquer sinal de evolução daquilo que sobrou do “legado” de Jorginho. Qual critério foi utilizado? Torço para que Preto dê certo, primeiro porque sou tricolor de coração e segundo porque valorizo a prata da casa. CONTUDO, não era momento para tentar emplacar Preto como treinador. Uma aposta totalmente arriscada, que pode dá certo, verdade, mas as chances de falhar, na minha opinião, são maiores, vide caso de Charles Fabian.
Preto Casagrande tem 42 anos, vestiu a camisa do Bahia como jogador em 2001, 2002, 2003 e 2007, quando conquistou um baiano e duas Copa do Nordeste, e há dois anos trabalhava no clube como auxiliar técnico. Com a demissão de Jorginho, ficou à frente do time interinamente durante os últimos cinco jogos, onde venceu dois (São Paulo e Vasco), empatou um (Chapecoense) e perdeu outros dois (Atlético-PR e Botafogo), aproveitamento pequeno de 46%, sendo a última derrota dentro de casa para o Botafogo que deixou os tricolores preocupados com a nova aproximação da ZONA.