Já dizia um amigo meu, “Tá escrito. E se não estiver, escreva!”. Assim fez o Bahia na Copa do Nordeste. Foi escrevendo sua história, capítulo por capítulo, e desta forma ultrapassando suas barreiras até chegar no seu destino e conquistar o seu objetivo principal na temporada 2017. O TRICAMPEONATO da Copa do Nordeste. Dos mais otimistas até os mais pessimistas, ou até os chamados de “corneteiros”, ninguém jamais duvidou de que a história estava escrita e que este título seria mesmo nosso. O hino mais belo do futebol mundial entoava o destino do grande campeão da Copa do Nordeste de 2017.
“Vamos avante Esquadrão
Vamos serás um vencedor
Vamos conquistar mais um tento
BAHIA, BAHIA, BAHIA!”
Frio na barriga, ansiedade, aflição, nervosismo, tensão, calafrios. Alguns dos sintomas que impulsionaram a nação tricolor nesta quarta, e após os 90 minutos de pura emoção, alívio e finalmente podendo soltar o gripo entalado na garganta durante 15 anos. TRÊS vezes Bahia. É assim que se resume a história do Esquadrão de Aço na tão desejada e sonhada Copa do Nordeste.
Melhor campanha na primeira fase, sem perder e sem tomar gol nos seis confrontos, passando sem sustos ou sobressaltos para as quartas onde eliminou o Sergipe e mais adiante despachou o rival Vitória, chegando com merecimento na decisão reeditada da final de 2001. Um dia muito esperado que demorou, mas finalmente chegou, após dois anos batendo na trave (2015 e 2016).
Um treinador contestado. Um presidente criticado chamado de forma covarde de “Marcelo Banana” por parte da torcida de valor discutível. Um grupo de jogadores questionados. E agora? Falar o que? Absolutamente NADA. Apenas aplaudir essas pessoas, ou diria guerreiros, que nunca deixaram de acreditar, sonhar e lutar, independente se havia confiança ou não.
Como diz na música “Tá escrito”, composição de Xande De Pilares, Gilson Bernini e Carlinhos Madureira.
“Às vezes a felicidade demora a chegar
Aí é que a gente não pode deixar de sonhar
Guerreiro não foge da luta e não pode correr
Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer”
É claro, não é uma conquista para acharmos que tudo está perfeito, mil maravilhas, no entanto, é uma conquista importante para ensinar o torcedor a ser um pouco menos impaciente e imediatista, e acreditar. Nesse quesito, destaco os sempre otimistas Paulinho Fernando, Magno Paulista e Flávio Andrade, exímios tricolores com capacidade de encontrar qualidades nos defeitos e motivar qualquer tricolor mesmo nos momentos de fraqueza.
O que dizer do Lite, que mesmo com seus anseios, aflições e medos, entoa sempre um “Bora Bahêa Minha Porra” que traduz o que é ter sangue tricolor pulsando nas veias, e o Lázaro sempre cauteloso e com os pés no chão, mas nunca desacreditado, sempre otimista. E de tantos outros. Germano, Torres, Matheus, Carneiro, Zé Duarte, Adegesto, Adler, Márcio, Marcley, Davi, Clebson, Lucas, Ramon, Henrique, Cangaceiro, Maurício, Olival, Marcelo, Erick, Vilas Boas, e muitos que me falham a memória neste momento emocionante.
Mas este título é também para os “corneteiros” que cobram, afinal, sem cobrança não há resultado. Os exigentes e acima de tudo tricolores nato, Dalmo Carrera, Lourival e Dinensen. Tenho certeza que vão dizer: “Não ganharam nada ainda”. Risos. Realmente, esse tem que ser o espírito. Continuar trabalhando, evoluindo e alçando voos maiores. Esse título vai também para todos os tricolores e colegas do Blog Futebol Bahiano, em especial, para a nação tricolor de São Miguel das Matas, cidade mais tricolor do interior baiano. Agora é comemorar e festejar o “carnaval fora de época” em Salvador, zoar os rivais que secaram todos os jogos e principalmente nesta final, e reconhecer todo esforço de todos que trabalharam para esse momento se tornar realidade. BBMP!!!! TRICAMPEÃO PORRA!!!
Parabéns ao Esporte Clube Bahia e todos os tricolores! Ninguém nos vence em vibração!
Por: Fellipe Amaral