Bahia passeia, goleia o Goiás e é o novo integrante do G-4

Os ventos mais uma vez conspiraram e sopraram à favor do Esporte Clube Bahia no Campeonato Brasileiro da Série B, só que dessa vez o time soube fazer sua parte, passou perrengue na primeira etapa, mas passeou na segunda e venceu com autoridade o Goiás dentro da Arena Fonte Nova por 4 a 2 em jogo movimentado com direito a fatos “raros” e inusitados: pênalti perdido pelo ‘Brocador’, gol olímpico de Juninho e gols de ex-tricolores. O triunfo aliado aos tropeços dos rivais colocam o Esquadrão dentro do G-4, fato que não presenciamos faz tempo, na 4ª posição com 39 pontos, mesma pontuação das quatro equipes abaixo. Os gols tricolores foram marcados por Juninho, Renato Cajá, Hernane e Edigar Junio, com Márcio e Léo Gamalho descontando para os goianos. Líder em passes certos e desarmes no campeonato, além de ostentar o terceiro melhor saldo de gols (+13) da competição que permite o Tricolor de assumir o 4º lugar mesmo empatado em número de pontos com CRB, Avaí, Londrina e Ceará, todos com 39 mas perdendo nos gols marcados.  


O Bahia entrou em campo com todo gás, um fôlego impressionante e uma fome de bola, impondo uma marcação alta, pressionando e sufocando o Goiás. Abriu 1 a 0 logo aos dois minutos com gol olímpico de Juninho, raríssimo de se ver, carimbou o travessão novamente com Juninho, perdeu oportunidades com Hernane que se apresentou mais, porém ainda longe do que se espera dele. Parecia que viríamos uma enxurrada de gols com a atuação inicial, mas como sempre digo e afirmo, se não for sofrido, não é Bahia. Antes dos 20 minutos o time provou que é especialista em complicar o ‘incomplicável’ toda vez que atua na Arena Fonte Nova. Quando dominava e mandava em campo, Edigar Junio cometeu pênalti infantil cobrado e convertido pelo goleiro Márcio se redimindo do gol tomado. O Esquadrão não sentiu o baque, continuou girando bem a bola, buscando espaços, acionando bastante as laterais, inclusive Moisés muito presente no campo de ataque, mas a única chance clara criada foi desperdiçada incrivelmente pelo sofrível Allano dando números finais ao movimentado primeiro tempo, 1×1.  

Seguindo o repertório da etapa inicial, o Bahia foi para o abafa na etapa final, teve oportunidade de matar aos 10 minutos em pênalti desperdiçado com repeteco pelo ex-brocador Hernane parando duas vezes no goleiro Márcio que foi de vilão a herói, mas cinco minutos depois o sentimento do torcedor nas arquibancadas se transformou de aflição à euforia com jogadaça individual de Renato Cajá colocando o Tricolor na frente do marcador. Com a torcida empurrando e o time voando em campo, Hernane aproveitou para se redimir e ‘brocou’ aos 22 minutos o terceiro após nova jogada do mastro Cajá. Se Hernane pode, porque Edigar Junio também não? Aos 32, o atacante foi “perdoado” pelo pênalti cometido e fez o QUARTO gol do tricolor baiano, praticamente fechando o caixão e garantindo os 3 pontos importantíssimos e essenciais na busca pelo acesso. Nem o gol marcado por Léo Gamalho foi capaz de abalar a confiança da equipe que administrou nos minutos finais o grande resultado finalizado em 4 a 2, que coloca o Esquadrão firme e forte no G-4. 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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