A diretoria do Vitória sabe o que quer dizer o verbo “defenestrar”? “Defenestrar” significa “atirar algo ou alguém pela janela”. Era uma prática corrente no século 16 e que em pleno século 21 revemos a todo momento no nosso clube.
No dia 20 de julho, foi aberta a tão esperada janela de transferências internacionais e ela reavivou as esperanças da torcida rubro-negra de que fosse reforçado o time que vem obtendo resultados pífios no Campeonato Brasileiro.
Para uma torcida que brada pela qualificação do elenco, sem esquecer do avanço nas estruturas arcaicas de governança do clube, cabia à diretoria do Vitória anunciar reforços de peso no primeiro minuto útil da última segunda-feira. Seria um demonstrativo da movimentação e da disposição dos seus integrantes de mudarem o quadro atual.
Para surpresa de muitos, a tão demorada paralisia da diretoria do Vitória não era justificada pela espera da abertura da janela, que daria possibilidade de trazer atletas de qualidade do exterior.
Nada aconteceu. E com o passar dos dias, assistimos as oportunidades serem defenestradas, a paciência do torcedor ser #CadaVezMenor e o Leão demover as esperanças de fazer uma campanha digna da que o seu presidente deu a maior garantia de que aconteceria.
Não obstante a metáfora da janela..
Cabe destacar sem cautela, que em tal segunda-feira, conhecida como dia da canseira, também iniciou-se o inverno. E se o pensamento fosse mais moderno, a canseira se renderia, contratação se anunciaria. Mas, como não há meio-termo, sem contratação e com esse desgoverno, no clube fundado pelos irmãos Valente, com essa diretoria e o inverno, vem tempo ruim pela frente.
Findada a poética insatisfação do torcedor do Vitória, nos fazemos objetivos mais uma vez.
Torcida vaiando o time e pegando no pé de atletas, protestos em redes sociais, manifestações no Barradão fora de dia de jogo. A torcida rubro-negra está tentando entender o que vem acontecendo dentro das quatro linhas. E isso se resume a um problema que se eterniza nas diretorias do clube: FALTA DE PLANEJAMENTO.
PLANEJAMENTO
1. ato ou efeito de planejar.
2. serviço de preparação de um trabalho, de uma tarefa, com o estabelecimento de métodos convenientes; planificação.
A diretoria do Vitória não se preparou para enfrentar a Série A. O clube subiu da Série B sem ser campeão numa competição de nível baixo, ganhou o Campeonato Baiano no sufoco e agora seus gestores dão sinais de que já aceitam um “caminho sem volta” para a 2ª Divisão.
Nenhum sucesso obtido no passado vai abafar o ímpeto da torcida do Vitória de lutar por resultados maiores. Não vai parar se a diretoria não se portar como uma diretoria de clube grande. Temos que esquecer essa história de que “se não for sofrido, não é Vitória.”
Raimundo Viana precisa ser menos o personagem Vovô Mundico e ser um presidente de verdade. A brincadeira é válida enquanto as coisas vão bem. Hoje, não tem a menor graça.
Manoel Matos precisa ser mais presente e dar respostas que o torcedor anseia.
Cabe ressaltar que em dezembro terá eleição. E àqueles que só pensam nisso, aconselhamos ter cuidado com o que fazem ou deixam de fazer hoje.
Nós, torcedores espalhados pelo Brasil e pelo mundo, interligados pela Rede Vitória Sem Fronteiras, jamais deixaremos de apoiar o nosso Vitória. ESTAMOS CONTIGO EM QUALQUER LUGAR. A distância nunca será impeditivo para cobrar e brigarmos por um Vitória cada vez mais forte.
E se isso nos exigir, daremos 110% da nossa energia para que nosso Leão trilhe o rumo do sucesso.
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