Um Bahia triste, porém alerta

Final de ano fica difícil comentar sobre futebol quando nosso time termina em 9ª. lugar num campeonato em que esteve na maioria das rodadas da competição entre os 4 primeiros. Foi um ano não de queda de uma divisão para outra pior, mas a sensação é a pior possível em razão das expectativas que criamos a partir do 1ª semestre. O que deu errado? Penso que uma série de fatores contribuíram para o Bahia descer ladeira abaixo. A maioria dessas razões foram exaustivamente faladas e comentadas aqui no blog de meu querido amigo Dalmo. 

Gostaria, por isso, de evidenciar algo para daqui para frente que deve ser diferente. Alguma razão para voltar a confiar no time do Bahia que por enquanto ainda não existe como time competitivo, ao contrário do ano passado quando tivemos uma série de boas contratações que nos encheram os olhos com a formação do ataque denominado “KGB” (Kieza, Gamalho, Bianchutti” e um meio de campo com Souza, Pitoni, Bruno Paulista e Tiago Real, enquanto na defesa no começo desse ano tínhamos Titi. Não tínhamos bons laterais, mas Tony era um lateral bastante aplicado. 


Esse ano que começará eu não consigo ainda vislumbrar um time do Bahia (Será que ainda é cedo?). Temos um treinador, mas praticamente não temos time para disputar o Campeonato do NE e o Baiano 2016. Temos jogadores da base que estão aptos a jogar no time principal, mas não temos um time. Um elenco competitivo para o Bahia não pode se resumir a lançar jogadores da base num campeonato nacional para que eles ganhem vitrine. A série “B” desse ano o Bahia mostrou-se totalmente equivocado na execução do audacioso Bahia de jogadores jovens lançados e nem devidamente experimentados ainda nos campeonatos do NE.

Um bom time do Bahia, portanto, deverá ser mais rigoroso com a base e cauteloso em contratações. Valorizar Yuri, Blanco e Jacó, mas barrar Pitoni e Gamalho foi uma das coisas mais ambiciosas e inconsequentes que já vi no futebol baiano com o projeto de Sérgio Soares e o departamento de futebol em lançar garotos. Inclusive barrar Pitoni em seu melhor momento colocou até dúvidas sobre a seriedade desse processo. Pois, quem ganhou com tudo isso não foi clube num processo de desmanche do time do 1ª. semestre em que o comandante Sérgio Soares não soube administrar.

Assim, eu espero que esse ano seja um ano que reflita amadurecimento dos dirigentes para equilibrar as posições do Bahia em todos os seus setores e não acreditar em projetos que se mostraram bons no papel somente. Só empresários ficaram contentes com o desfecho do Bahia ao final do campeonato, inclusive dois da base se foram. Um trabalho com a base deve ser mais duradouro e amadurecer com o tempo. Agora, o Bahia deve lutar pelos jogadores mais experientes e com um nível de competição de série “B”, não mergulhando em fantasias de que a base suprirá eventuais furos e desequilíbrios no elenco. 

Que todos tenham boas-festas e um feliz ano novo!

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