Bahia – No pain, no gain!

Dentre os 84 anos do Esporte Clube Bahia, o time passou apenas uma década de vergonha. Eram os idos de 2002-2010. Uma enxurrada de notícias ruins, erros administrativos, Torcedores invadindo treino e soltando rojões nos jogadores, brigas internas, panelinhas, “Cerei C”, contratações malucas e sem vencer títulos. Afinal, a bola não entra por acaso.

Depois disso, aos poucos veio se reorganizando. Saiu do inferno da 3ª Divisão e no auge da felicidade, perdemos nossos irmãos. Nem na festa, pudemos comemorar. Mas sair da C não é pra comemorar, era obrigação para um clube com dois títulos nacionais. Até que em 2010 atingimos o acesso à Série A com o apoio sempre presente da sua Torcida de Ouro e com o até então inquestionável Marcelo Guimarães Filho. 

De repente, uma série de denúncias de irregularidades bagunçaram de novo nosso coreto. Jogador que ganhava metade do que o clube pagava  (os outros 50% ficavam com diretores), jogador sem qualificação ganhando centenas de milhares de reais e dividindo com dirigentes vagabundos, contratos equivocados e escusos de patrocínio, lista de jornalistas que ganhavam “jabá” do clube pra proteger o dirigente deposto, crise administrativa, diretor de futebol mandando mais que presidente, pai de presidente mandando mais que presidente… até que o governador inventou de se meter na história e ouviu o que não queria sobre sua esposa. Aí o pau cantou na casa de Noca.

Governador e Prefeito, teoricamente os dois homens mais influentes da Bahia, se juntaram para tirar o terceiro na escala de importância baiana: o presidente do Bahia. 

Briga daqui, briga de lá, um jovem advogado entrou na história, mexeu vários pauzinhos, falou com juiz, desembargador, com santos, com Deus e finalmente conseguiu a intervenção. O interventor entra ganhando uma grana massa simplesmente para organizar as eleições. Vira heroi. 

Cai MGF e o Bahia vira um clube com eleições onde seu próprio Sócio-Torcedor decide o seu líder. Assume um ex-presidente do clube, que segura o time na Série A em um ano, ganha o Baianão no seguinte e… cai de novo pra série b.

Vem as novas eleições e vence o Sr. Marcelo Santana, carinhosamente chamado por mim de Marcelo III. O jornalista entra no time e muda de imediato a postura do Clube. O Bahia faz uma limpa e manda todo mundo (que podia) embora. Contrata peças chaves de reposição, dá lugar a base e traz um treinador que não joga com três volantes. O Bahia começa devagar mais pega o embalo. 

O time começa a engrenar, começamos a vencer os jogos, fazemos uma temporada onde perdemos 2 partidas, mas em apenas 1 delas, fomos inferiores ao adversário. Empatamos um clássico, fora de casa, com um a menos, e o técnico não tirou atacante pra colocar volante. Empatamos e merecíamos ter vencido. Mas o rival ficou pelo caminho, no colo de outro.

Agora quando tudo parece bem, vem a Arena querendo jogar água no brinquedo das crianças, justamente quando a Torcida começava a voltar aos estádios. Foram 23 mil pagantes no último jogo e a tendência era crescimento natural da Nação no Estádio. A OAS, coligada a MGF, deu quebrança na Petrobras, tá se complicando toda e quer diminuir o “cachê” do Tricolor, que nunca jogou de aluguel, e sim, era contratado para dar espetáculo. 

Marcelo III reage, vai pra imprensa, chuta o pau da barraca e arrebanha a Torcida à seu favor. Se a Fonte Nova não respeita o Torcedor, vamos pra PituAço. Atitude digna da terceira pessoa mais influente do Estado. A Torcida aplaude o “presida”, apoia seu dirigente, boicota a fanpage da Arena, faz protesto em redes sociais e chama a atenção da única pessoa que parece poder ajudar na conciliação. 

Eis que surge novamente um governador na história e cabe a ele convencer quem quer pagar metade a quem quer receber mais que o inteiro. Mas tudo acabou bem… ao menos por enquanto.

Bora Baêa Minha Porra! Se não tiver confusão, não tem graça. Mas vamos lá. Hoje é dia de brocar amazonenses. Que assim seja! 


Vamos seguir, Esquadrão!

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