A estrelas de “Maurição”, ontem!

O cidadão chegou de Recife, pegou uma carona até onde estaria seu ingresso e então seguiu para o estádio de futebol. Chegando lá quase chorou ao ver seu Bahia na “velha” Fonte Nova completamente diferente. A Arena Fonte Nova agora estava linda! O estádio de futebol da década de 1980 – a sua década -, onde viu Luís Henrique jogar e Bobô ser campeão nacional, agora virar uma casa de espetáculo. 

O público também era diferenciado. A casa de espetáculo tinha lugar privilegiado e estacionamento, ar-condicionado, buffet, elevadores e camarotes sensacionais, um fenômeno moderno que se impôs como fonte de lucro nesse cenário onde também aparece o público baiano torcedor tradicional do Bahia e suas torcidas organizadas. 

“Maurição”, apelido da juventude na Bahia, agora não era mais o velho rapaz do Imbuí, mas uma forma mais madura sobre sua participação no espetáculo e a importância de seu voto para o atual presidente do clube mudar para sempre o Bahia. Um jeito novo de fazer futebol estava inaugurada com o Bahia como parceiro da Arena Fonte Nova. 

Torcedor apaixonado, ele tinha certeza que vivia um momento mágico com o time.

Contudo, durante o jogo, quando a bola rolou, o adversário bastante aguerrido se impôs e o seu time encontrava dificuldades para fazer os gols que seu torcedor mais fanático acreditava. Pelo menos uma placar mínimo de 1 x 0 era o suficiente para marcar um momento de decisão de título do Nordeste onde o Bahia estava afastado desde que conquistou a edição de 2002. 

O Bahia avançava no ataque, “Maurição” se precipitava a levantar para gritar gol, mas não veio o gol. O gol, porém, chegou  no segundo-tempo para o adversário, que marcou o gol na reestreia de “Maurição” no estádio da Fonte Nova. Não era uma tragédia, convenhamos, mas foi uma queda de expectativas gigantesca sobre como conseguiríamos um resultado mais tranquilo para jogar em Fortaleza.

O resultado pode ser revertido na casa do adversário. O placar de 1 x 0 para o Ceará foi falso, mas certamente “Maurição” testemunhara um rápido crescimento do Bahia em poucos anos depois da democracia.

De qualquer maneira a festa linda da torcida antes da partida ficara para sempre na memória do seu torcedor e o seu potencial. 

Os investimentos gastos do nosso fervoroso torcedor do Bahia para o tricolor baiano não fora em vão. Seu voto ajudou a eleger o presidente certo que faz história no tricolor. O Bahia solidário com a tristeza do goleiro saiu solidário com ele e com fé na partida em Fortaleza. 

PS.: Uma nota à parte foi a festa da torcida tricolor, o mosaico e o hino do Bahia tocando e cantado por Luís Caldas ao êxtase.

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