Técnico do Vitória, aliviado e aborrecido com pressão

O técnico Ricardo Drubscky estava com o pescoço na guilhotina e o dispositivo medieval teria a corda liberada e a lâmina cairia ou não,  de acordo o resultado do Esporte Clube Vitória diante do América-RN de Natal ontem à noite.  As ameaças de demissão seriam suspensas não tão somente com um triunfo qualquer e sim praticando um futebol convincente que atendesse as exigências dos conselheiros rubro-negros contrariados pelo empate em 1 x 1 contra o Bahia no Barradão no último Domingo.

Após a partida, Drubscky aliviado mais timidamente contrariado pela pressão sofrida,  falou sobre a possibilidade de demissão com pouco mais de dois meses de trabalho.

“Isso é uma situação que me incomoda em termos de conjuntura. Se tivermos lucidez, o trabalho que tem sido feito é para o Vitória crescer muito. Não se dá tempo para o trabalho vingar, aparecer. O torcedor vai na balada. É apaixonado, está sofrido, e vai na batida de algumas opiniões, pressões de seguimentos que não tem nenhuma responsabilidade com o resultado do Vitória”

“O torcedor vai na batida e prejudica. Estou chateado. Fui pego de surpresa de sofrer essa pressão prematura. Já ultrapassei fases assim. Lamento pelo futebol brasileiro. Se as autoridades maiores não impuserem regras, vamos seguir nessa bagunça”.

“Acho que é um problema do futebol brasileiro tão sério, tão grave, que nós teimamos em não enxergar. Prefiro não falar. Digo que os jogadores entraram em campo imbuídos de fazer o melhor. Não podemos negar que esse time é guerreiro. Que o copo que muitos teimam em enxergar vazio, a gente consegue enxergar parte cheio. Temos coisas boas na equipe. Números bons, atuações boas. Tem coisas legais. Estamos no início do trabalho. O futebol brasileiro precisa aprender muito para sair do buraco que está”.

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