Goleada sem gols. Bahia 2×0 Catuense

Sai dos Barris feliz da vida pra pegar o metrô pra Fonte Nova. Quando cheguei na Lapa, estação fechada. Fomos na “paleta” mesmo. No caminho, quase nenhuma camisa Tricolor. A Joana Angélica nem parecia que iria presenciar uma partida Tricolor… é compreensível, depois da derrota ridícula pro Jacuipense, mas foi um público lamentável. Apenas 3300 testemunhas pagaram ingresso. Cadê a Torcida?

Entramos sem fila e vimos a primeira pixotada da zaga do Bahia, logo na chegada. Quase gol da Catuense. Depois disso virou jogo de um time só. Ataque contra defesa. O Bahia pressionou o time de Catu sem pena. Foi um bombardeio. Jogando num 4-3-3, simples, sem aquele mundo de números que preocupação o Sérgio Soares, o time dominou o jogo.

No gol, Jeanzinho nem suou a camisa durante toda a partida. O short nem precisa lavar. Titi e Thales foram 2 monstros na zaga. Na esquerda, Carlos destoava do resto do time, errando passes e ligando contra-ataques e muito inseguro na saída de bola. Porém, foi ele quem roubou a bola da jogada do primeiro gol Tricolor. Na direita, uma grata surpresa. Tony correu, dominou a lateral, foi a linha de fundo, cruzou, brigou, jogou muito na noite de hoje.

No meio outra boa surpresa. A estreia de Souza Ferrugem. Muito bom na marcação, chegando à frente sempre com perigo, quase fez gol de cabeça, bateu falta, escanteio… chegou mostrando pra que veio. Pitonni melhorou e manteve a seriedade durante toda a partida. E Thiago Real fez uma boa partida. E aí vieram os atacantes…

Maxi correu e se esforçou, como sempre. Jogou bem como há muito não se via, alternando entre meia e atacante de beirada. Léo Gamalho estreou com a camisa Tricolor e recebeu um belo passe de Kiesa. Pouco depois, de tanto insistir, Léo Gamalho retribuiu e deixou Kiesa debaixo da trave para fazer o dele.

Mas o destaque do jogo, dessa vez, não foram os gols. E sim, a falta deles no segundo tempo. O Bahia jogou em ritmo de treino. Parecia um bába entre solteiros e casados. O Tricolor fazia o que queria, chegava dentro da pequena área e… toque de calcanhar, passe virando a cara, tabelas rápidas com chutes pra fora, cabeçada por cima, dribles e mais dribles… parecia uma festa onde os catuenses eram apenas sparings de boxe. Não fosse a displicência dos homens de frente sairíamos da Fonte Nova roucos de tanto gritar gol. Mas faltou seriedade para mostrar a superioridade em campo. A Torcida reduzida vaiava o seu time, mesmo vencendo, pois percebia a brincadeira em campo. Há muito tempo não via o Bahia vencer e sair debaixo de vaias. Depois de muitos “uuuuuuhhhh!” vindos do placar da Arena, fim de papo. Bahia vencia mas mesmo assim, saia vaiado de campo.

Bora Baêa Minha Porra! Foi um primeiro tempo esperançoso e uma segunda etapa sem comprometimento. Agora teremos o Bavice pela frente. Que a falta de seriedade dos jogadores nessa partida, se reverta em gols no domingo. Por que se jogar assim, a coisa vai ser feia…

Com o fim da rodada ficamos na 4ª colocação. Ruim? Pior é em 8º…

Charles e Caique

PS. Queria dar um destaque para Charles, aquele mesmo do gol contra o FAST. Quando ia saindo, meu sobrinho pediu pra falar com ele e o segurança da Arena não deixou o ex-jogador do Bahia cumprimentar o garoto. Charles pediu o celular de meu primo, e mesmo do campo, fez uma selfie com o fã atrás. Não sabe Charles, que aquele menino da Selfie, apareceu na tv ainda bem pequeno, chorando, por causa daquele gol histórico, na famigerada “Cerei C”. Charles 50 não chegou a ser ídolo do Bahia, mas hoje ganhou meu respeito com esse golaço, com um de seus fãs.

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