Bahia é o “quase” Campeão Baiano de 2014.

Acaba neste Domingo o Campeonato Baiano, na sua edição 2014, em uma festa que vai reunir torcedores do Bahia e Vitória, no Estádio Metropolitano de Pituaçu, a partir das 16h, para um jogo onde o Bahia precisa de um simples empate e até aceita, com certa tranquilidade e nenhuma resignação, uma derrota simples pelo placar mínimo, para tomar de volta das mãos do Esporte Clube Vitória, o caneco de Campeão Baiano. 

Mas acaba, também, um torneio inútil, sem graça, sem atrativo ou apelo, que foi desprezado pelo público já no seu primeiro momento. Se finda um torneio que não revelou nenhum jogador, que gerou os prejuízos financeiros previstos e não testou as reais possibilidades dos clubes que participam do Campeonato Brasileiro que, na verdade, é o que salva e liberta, como bem dizia o hoje de cabeça inchada, Franciel Cruz, e que sustenta e mantém a vida útil e visível dos clubes, como particularmente acredito. 

Na verdade, o Campeonato Baiano é um vídeo-game barato, onde a dupla Bahia e Vitória vão passeando de fase em fase e, na medida em que vão ultrapassando obstáculos preparados para tal, até chegarem à condição de finalistas, sendo que aquele que obteve o menor nível de dificuldades na fase anterior, leva para as finais o bônus do empate. 

Neste momento, passa-se uma régua, zera tudo e começa, de fato, o Campeonato Baiano, com dois jogos sempre entre o Bahia e Vitória, com a falsa sensação que travaram batalhas importantes para atingir a condição de finalista quando, na verdade, foram meses de marasmo, jogos ruins e desprovidos de competitividade, jogados na sua quase maioria das vezes em campos impraticáveis, editando autênticas e sonolentas peladas que não agregaram porra alguma, além de fomentar uma rivalidade apenas na fase final, que se por um lado mobiliza e potencializa as disputas produz, do outro, a discórdia e a intolerância, como observamos nos últimos episódios dos ingressos. 

Mas é o que temos e admito que essa pobreza é registrada em quase todos os estaduais pelo Brasil afora, aliás, o único pais que promove este tipo de torneio. 

E quem levanta o caneco hoje à tarde? Simples, o Bahia. Não que o tricolor tenha uma equipe superior ao Vitória, que justifique uma conquista antecipada, de jeito algum, mas pelo momento ruim que atravessa o adversário em todas as categorias, somado a isto, o peso da vantagem que carrega o Bahia, que raramente foram inutilizadas em finais dos torneios promovidos pela Federação Bahiana de Futebol, facilita o palpite de um Bahia campeão.

Contudo, é um clássico e, por isto, acredito em esperneio e até em resistência do Vitória, no entanto, acredito, também, que para levantar o título, o Bahia assim como no jogo passado, terá baixíssimo consumo de calorias a despeito das tradições do Vitória e da fé da torcida rubro-negra na conquista do tricampeonato baiano. 

Dalmo Carrera

Autor(a)

Deixe seu comentário