Ele foi chamado de “maestro”
antes da estreia, e em campo, na tarde deste domingo, o meia paraibano Renato
Cajá provou que tem tudo para ser de fato o “maestro” do novo time rubro-negro.
Ainda sem o ritmo adequado, pois ficou um tempo parado após a decisão de trocar
o japonês Kashima Antlers pelo Vitória, Renato Cajá esbanjou qualidade e marcou
dois gols, o segundo deles, um golaço.
O bom desempenho de Renato Cajá
deixou satisfeito o técnico Caio Júnior que insistiu com a diretoria para
repatriar o jogador.
“Eu queria parabenizar
publicamente o Cajá não só pelos dois gols e o brilhante jogo e sim porque
fisicamente ele suportou 90 minutos. Era previsto jogar 60 minutos e fiquei preocupado, mas ele
foi me dando sinal positivo durante o jogo. É um jogador que a gente pode
contar, se superou na estreia neste aspecto e vocês viram que ele vai fazer a
diferença. O jogador que faz os gols que eles fez, os passes, a inteligência, a
visão de jogo. Nós precisamos é encaixar bem a equipe para que ele renda mais”,
disse Caio na coletiva.
Para o treinador, o time
rubro-negro relaxou um pouco após a marcação do segundo gol, enquanto o ASA
ganhou ânimo novo com a marcação do gol no final do primeiro tempo.
“Passei na palestra para eles que
o ASA tinha perdido dois jogos por 1 a 0 e que é uma equipe organizada, forte,
rápida e foi isso que nós vimos. Só que nós fizemos os 2 a 0 por méritos,
fizemos um início muito bom, aproveitando a qualidade do Cajá mais perto da
área. Achei que a equipe se acomodou um pouco em cima do resultado e foi
surpreendida com um gol no final que deu alma
ao ASA para o segundo tempo. Eles não tinham nada a perder e arriscaram
mais, nos impuseram, nos colocaram para trás”, analisa.
Caio reconhece, ainda, que alguns
jogadores não apresentaram o mesmo nível de futebol das partidas anteriores,
contra América RN e Salgueiro.
“Nós tivemos algumas peças abaixo
do que vinham rendendo. Caso do Marquinhos, por exemplo. Ele sentiu bastante talvez
o desgaste do último jogo (contra o Salgueiro, quarta-feira, com campo pesado)
e ficamos um pouco sem força. Tentei fazer o máximo possível para que nós
continuássemos tentando manter o poder ofensivo. Com a entrada do Alan
(Pinheiro) melhorou um pouco”.
O treinador elogiou o
comportamento do lateral-direito Nino, que disputou sua primeira partida após
ficar curado das dores na região pubiana, e ficou feliz pelo time ter alcançado
mais três pontos, permanecendo na liderança isolada do Grupo C da Copa do
Nordeste, com 100% de aproveitamento.
“Com jogos quarta e domingo, não
é fácil. Nem sempre você vai manter o mesmo nível. De uma maneira geral, o mais
importante foi vencer. Falei no vestiário quem nem sempre se joga bem e ganha.
Foi o nosso caso. Não fizemos um jogo tão bom como o último e o segundo tempo
contra o América (RN), mas vencemos porque começamos bem e definimos o placar.
Agora vamos nos preparar para dois jogos fora. Vai ser outro perfil de jogos,
campos menores e temos que buscar esta classificação”, finalizou.