Victor Ramos fala sobre Nicole Bahls

Esporte Clube Vitória

Revelado na base do Leão, o zagueiro de 23 anos, nascido em Rodelas, a 543 km de Salvador, deixou o clube em 2009 após ser vendido ao Standard de Liège, da Bélgica. Em 2011, foi emprestado ao Vasco e esse ano ao Vitória. Confira a entrevista de um dos principais jogador do Esporte Clube Vitória concedida ao CORREIO em matéria de Daniela Leone 

Esse é o melhor momento da sua carreira?

Esse é o melhor momento da minha carreira e o melhor momento no Vitória também. Tô muito feliz. A melhor coisa que aconteceu pra mim foi vir pra cá. É sempre bom quando você volta e encontra amigos e conhecidos de braços abertos. Aqui me sinto em casa. Tô na melhor fase da minha vida, não só porque o time tá na liderança, mas pelo desempenho. Quero manter a pegada. 

 Fica para o ano que vem?

Tô emprestado até dezembro e o Vitória tem proposta de compra. Tem clubes interessados, mas minha prioridade é o Vitória. Vamos conversar, ver direitinho. Faltam dois meses e ainda é cedo pra falar. Tudo depende também de alguns detalhes, que mais pra frente vão ser resolvidos, algumas coisas financeiras. Tenho que ver meu lado também. Mas isso é mais pra frente, agora tô pensando em colocar o Vitória na Série A. 

Que significa esse título?

Tenho que pensar de pouquinho em pouquinho. Meu objetivo maior e de todos é botar o Vitória onde sempre deveria estar, na Série A. Em 2009, eu deixei na Série A e esse ano vou botar na Série A. Tem que ser uma coisa de cada vez. Mas sei da importância desse título, vai ser uma coisa inédita. 

Dá pra considerar o campeão da Série B campeão brasileiro?

Considero, sim. Série B é muito mais complicado que Série A, os jogos são mais pegados. Considero título brasileiro, sim. Um título brasileiro e muito importante. Não tem porque não considerar. 

 E você acha que o Vitória deve colocar uma estrela na camisa?

 Acho que sim, tem que botar. É um título brasileiro, que vários times de tradição têm. 

Estrela dourada ou prateada?

Tem que ser dourada. É um título inédito pro Vitória e é brasileiro. Não é qualquer título.

Além de evitar, você também tem feito gols nessa Série B…
A gente vem treinando muito bola parada. O professor Carpegiani vem pegando no nosso pé com o posicionamento. Tô muito feliz, é um grande momento na minha carreira e o melhor de tudo é que tô podendo ajudar minha equipe. Aí de vez em quando deixo o meu lá também. 

E a relação com Carpegiani?

A melhor possível. Até porque em 2009 eu tive uma sequência por causa dele. Agradeço muito a ele por isso. 

Foi o técnico mais importante desde que você subiu da base?

Foi. Pra mim foi ele e Mancini. Mancini me subiu e tive sequência com Carpegiani. 

 

O clube te enxerga diferente de quando você saiu em 2009?

Enxerga sim. Eu saí do Vitória um pouco precipitadamente. Saí com moral, valorizado, mas quando saí, era um Victor Ramos, hoje sou outro. Sou a mesma pessoa, mas mudei em termos de visibilidade. ‘Ah, Victor jogou fora, jogou no Vasco’, já olham com outros olhos, o torcedor também. Amadureci como pessoa e como profissional. 

Como é sua relação com Gabriel, seu parceiro de zaga?

Não tinha jogado com ele ainda, na base ele era mais novo. A gente tem uma amizade muito boa e até concentramos no mesmo quarto. Ele é um grande zagueiro, vem mostrando qualidade e tem tudo pra jogar na Europa. É o perfil do Vitória revelar bons zagueiros e fico feliz de estar nesse ciclo. 

O pessoal ainda te chama de Tufão na rua?

Acontece sim. Todo homem queria ser o Tufão que eu sou. Acostumei já, tem nada não. Levo isso aí na maré mansa. Sei do meu valor, sei a pessoa que eu sou, isso é normal. Levo na esportiva, sempre tem um ou outro que chama, aquela coisa de resenha, mas é mais o pessoal do Bahia pra ver se pirraça. Eu tenho personalidade.

Você já falou com Nicole após a saída dela de A Fazenda?

Não, não procurei mais e não tenho mais nada dela aqui em casa. Cada um segue sua vida. Meu foco é o futebol. Com o futebol bem, vou conquistar a mulher ideal. 

Acha que fazer tatuagem com o nome dela foi precipitado?

Não acho, não. Eu não me arrependo de nada que faço na vida. Tenho responsabilidade desde pequeno, ajudo minha família. Eu pensei, fiz, a gente tava junto, bem, sabia que poderia tirar um dia. Já cobri, coloquei um pergaminho no lugar. E já fiz uma nova tatuagem, o número 3 no braço esquerdo. É o número que me dá sorte, importante pra mim. 

Você virou um pouco ‘celebridade’. Atrapalha?

Não atrapalha, não. Eu sempre soube separar, nunca confundi com o meu futebol, nunca deixei isso influenciar na minha vida profissional. Teve seu lado bom e nunca deixei o trabalho dela atrapalhar o meu. 

Você foi visto no Sauípe Folia e na Vaquejada de Serrinha. E a relação entre jogador e festas?

Eu fui, gostei muito e não me arrependo. Tava na minha folga e faço o que quero na minha folga. Não procuro saber da vida de radialista e repórter nenhum. Jogador é um ser humano normal. Sou jovem, tô num momento bom e não vou deixar de curtir. Tenho é que honrar meu compromisso. Estava no Barradão e treinei.

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