E.C Vitória: Devo e pago quando puder

A reunião do Conselho Deliberativo do Vitória, realizada na última segunda-feira, ainda rende matérias e criticas da Tribuna da Bahia na edição da quarta-feira. Aliás, o Jornal da Rua Djalma Dutra, foi o único órgão de imprensa a divulgar as 38 ações trabalhistas movidas contra o Esporte Clube Vitória. Segundo ainda o Jornal, o Vitória mostrou na reunião que é um “poço de dúvidas”, porque nem mesmo o orçamento para a gestão de 2012 ficou bem explicado. Para uns, em torno de R$ 42 milhões, para outros, de R$ 50 milhões. Confira.

Não foi bem assim. Na verdade, a rigor, foi um vexame a reunião do Conselho Deliberativo do Esporte Clube Vitória, na última segunda-feira, à noite, no Complexo da Toca do Leão. Os quase 200 membros do conselho não gostaram do que viram e ouviram, permanecendo no ar, no final da convocação, um clima de dúvida e incertezas, com relação ao calendário do futebol em 2012, motivando pronunciamentos carregados de emoção e beirando o descontrole emocional, de alguns, dentro do item “o que ocorrer”, entre eles, de um conselheiro e advogado, exigindo ações, tomada de posição para tirar o clube da inércia que tem vivido nos últimos anos no futebol profissional.

Durante a reunião, o presidente do Conselho Deliberativo do Vitória, deputado federal José Alves Rocha, exibindo nas mãos a edição de segunda-feira da Tribuna da Bahia, a página 18, mostrando-se surpreso com a reportagem sobre a atual situação financeira do clube, e exigiu uma posição do Conselho Diretor. As denúncias não podem ser desmentidas porque estão precedidas de Certidões Positivas das Juntas e Cartórios, mas ficou no ar duas “pérolas” da administração.

“As dívidas existem, mas são do Vitória S/A que não foram contraídas na minha gestão”, teria dito o presidente Alexi Portela Júnior, esquecendo-se de que grande parte das ações e processos datam à partir da sua primeira gestão, de 2005, e que todo o débito e irregularidades na gestão, como a não publicação de balanços e DER’s do Vitória S/A vão recair nas costas do Esporte Clube Vitória.

Os mais pessimistas, projetam um débito superior a R$ 100 milhões, criando um buraco negro tão voraz, que no futuro pode engolir os dois, o Vitória S/A e o Esporte Clube Vitória, independente de quem na época tenha a responsabilidade de gerir o clube.

A outra “pérola” da reunião, teria sido dita para justificar a série de reportagens, com puro senso de jornalismo independente, livre e transparente, o perfil da Editoria de Esportes da Tribuna da Bahia, é de que as denúncias são frutos da frustração do jornalista que pede emprego ao presidente todos os dias.

No Vitória não é, porque a Assessoria de Imprensa vive de malabarismo para se manter viva, como o site do clube que ficou alguns meses fora do ar, e nem na empresa do presidente, que não existe mais.

O Vitória mostrou na reunião do Conselho que é um “poço de dúvidas”, porque nem mesmo o orçamento para a gestão de 2012 ficou bem explicado. Para uns, em torno de R$ 42 milhões, para outros, de R$ 50 milhões. No final da explanação orçamentária, o vice-presidente financeiro Carlos Falcão fez a pergunta lógica aos conselheiros: “Vocês entenderam?” E ouviu um sonoro “nãooooo”.

Devo, não nego, pago quando puder

“O Esporte Clube Vitória tem dívidas, o Vitória S.A. também. O próprio jornal de vocês publicou. Mas essas dívidas são transparentes e em nenhum momento o Vitória disse que não deve. Temos dívidas, mas conseguimos manter em dia”. Foi desta maneira que o vice-presidente do Vitória, Carlos Falcão, explicou a reportagem da Tribuna da Bahia sobre as especulações em torno da atual situação financeira do rubro-negro.

Questionado se é verdade que a dívida do clube, somada a atual gestão com a anterior, chega em R$ 100 milhões, Falcão explicou. “Se você considerar as dívidas parceladas em Refis e Time Mania e também as contingências fiscais, que são dívidas cobradas, mas que estão sendo defendidas pelo clube, chega perto”.

O vice-presidente não quis especificar o número, mas disse que o relatório foi apresentado a todos os conselheiros durante a reunião da última segunda-feira, a qual a imprensa não teve acesso. “O resultado anual do clube está equilibrado, mas não é segredo que o Vitória possui passivo e ele está sendo administrado conforme manda a Lei”, reafirmou.

Carlos Falcão também aproveitou para fazer uma avaliação da reunião com o Conselho Deliberativo. “Foi uma reunião boa e democrática, onde todos os assuntos foram debatidos, obviamente, com muita cobrança do Conselho, mas a confirmação da confiança no presidente Alexi Portela”, afirmou, admitindo que a insatisfação ficou por conta dos resultados do clube, em 2011, dentro de campo.

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