O Bahia de Feira teve um prejuízo de aproximadamente R$ 800 mil, por ter disputado o Campeonato Brasileiro da Série D. O Tremendão, que tinha muitas expectativas de fazer boa campanha, nem passou da primeira fase e apresentou este déficit, motivo suficiente para seus dirigentes não se mostrarem dispostos a disputar a competição em 2012, caso o clube obtenha classificação no Campeonato Baiano.
Souza também embasa a sua tese no fato de 12 equipes terem desistido de disputar a Série D, antes do seu começo. “Isso é um fato que não pode ser ignorado: se os times desistiram é porque tem algo errado e justamente é isso porque o futebol não é brincadeira. Precisa de investimentos, mas você disputar uma competição sem nenhum incentivo por parte da CBF é complicado e como temos intenção de permanecer muito tempo no futebol não é interessante ter um clube falido, que não se paga”, declara.
NORDESTE
Para o dirigente a Série D seria mais interessante, se disputada em outro formato, como o Campeonato do Nordeste. “Nós teríamos 20 clubes: os que fazem parte da Liga do Nordeste e que não estariam inseridos em nas Séries A, B e C e mais os clubes indicados pelas federações obedecendo critérios técnicos. Nas demais regiões da mesma maneira e os campeões destas regiões disputariam entre si para ver quem seria o grande campeão brasileiro, ressaltando que eles automaticamente estariam na Série C do ano seguinte”, explica.
Jodilton Souza levou esta e outras idéias ao presidente da F B F, Ednaldo Rodrigues, que ficou de analisar. “Outra situação é esta Copa Estado, com a presença de Bahia e Vitória. É uma falta de respeito com os clubes do interior porque a dupla BaVi tem calendário o ano inteiro e não precisa de uma competição como esta. A presença deles desmotiva a competição. E os demais clubes? Vão ter que ficar parados? Olha aí o Fluminense: vai ter que montar um time agora, quando poderia estar trabalhando no sentido de ‘garimpar’ jogadores e montar um time competitivo”, salienta.
Se a Copa Estado continuar nestes moldes, Jodilton Souza disse que o Bahia de Feira também não participa. “Prefiro trabalhar com a base, preparar e revelar atletas porque no modo que está é prejuízo não só financeiro, mas técnico também. Se acontecer o Campeonato Baiano do Interior, como está se prometendo aí teremos interesse e poderemos investir, dependendo da contrapartida”, comenta.
Por/ Ed Santos