Mas a história continua: veio o colaspso da União Soviética e parecia que o mercado sem sentimentos tinha vencido. Ilusão! O Direito com “D” maiúsculo vem demonstrando que um mercado desrregulado e acima das leis não pode imperar numa sociedade tão desigual. Veio o CDC, o Estatuto do Torcedor, o ECA e muitas leis que estão em pleno vigor equlibrando relações que sem elas nos voltaríamos para a selvageria.
Lutar por ingressos mais baratos é lutar por um futebol mais democrático e acessível; impondo a lei como forma de dar um freio nessas relações de mercado tão desiguais que criam monstros “pit bulls” gananciosos que acham que podem tudo e arbitrariamente majorar ao seu prazer o preço do que lhes bem entender. Não é bem assim que a banda toca numa sociedade equilibrada e sob o imperio da lei.
Por isso discordo completamente da forma como o Bahia vem praticando sua política de preços nos seus jogos. Não que estes devam ser baratos, mas que sejam mais justos e respeitem a capacidade do torcedor poder pagar. Por mais esquisito que seja nem a lei de meia entrada respeitam segundo denúncias. Mas isso pode se virar contra os “pit bulls” selvagens.