Recentemente, aconteceu uma audiência pública na Assembleia Legislativa, em Salvador, para debater o retorno da torcida mista no clássico Ba-Vi, que não acontece desde 2017. O presidente Fábio Mota, do Vitória, e o vice-presidente da associação do Bahia, Vitor Ferraz, participaram da reunião a convite do deputado estadual (PCdoB) Raimundo Nonato Tavares da Silva, o ex-jogador Bobô.
O encontro também reuniu a Polícia Militar, Promotoria de Justiça e Coordenação do CEOSP (Centro Operacional de Segurança Pública e Defesa Social), Sudesb (Superintendência de Desportos do Estado da Bahia), Justiça Desportiva e o presidente da FBF (Federação Bahiana de Futebol), Ricardo Lima.
Em participação no “Bahia Cast”, o jornalista Darino Sena falou sobre o assunto e frisou que o fim da torcida mista é um atestado de incompetência e preguiça do poder público. Ele sugeriu uma campanha para cobrar o retorno da torcida mista.
“Eu sou de uma época em que, quando tinha Bavi, a gente juntava a galera, torcedor de Bahia e Vitória, a gente ficava na mista, era maravilhoso, se sacaneando, brincando, vibrando, e respeitando o outro numa boa. A gente voltava junto, comendo água, sacaneando o amigo, e em paz. Sobre essa questão da torcida única, sinceramente, é um atestado de incompetência do poder público e de preguiça. É um marco histórico, é algo pra se colocar, um feito atingido, o governador Jerônimo Rodrigues acabar com isso”, disparou.
“O que é que é preciso? Atuação, da inteligência, mobilização, principalmente vontade política. E assim, a gente vai fazer o nosso papel. Vamos fechar aqui agora essa campanha, vamos juntar outros influenciadores. Todos têm que entrar nessa campanha. Não faz sentido nenhum segregação dessa divisão. Bavi tem que voltar a ser tolerância, convivência pacífica. Eu acho difícil a mista, mas eu acho que até pela mista a gente tem que lutar também. Porque somos civilizados, velho. A sociedade baiana, a sociedade esportiva baiana, não pode aceitar esta derrota. O torcedor baiano, que é um dos melhores do Brasil, não pode ser privado desta experiência, que é ganhar na campanha”.
