Queria começar agradecendo ao Tricolor Gabriel Ollero. O cara achou minha carteira, ligou pra Faculdade em que estudei, conseguiu meu telefone e ligou pra me entregar ela intacta. Obrigado, parceiro e parabéns pela honestidade. Te devo uma… depois do agradecimento vamos a um pedido de desculpas.
“Eu, Guto Ferreira, mundialmente conhecido na Bahia como Gordiola, venho, muito humildemente, reconhecer a cagada que fiz no Paraná.
Desculpe, Nação Tricolor. Menosprezei aquele time, cujo maior título da história foi ser campeão de série b em cima do eterno VICE de Canabrava em 1992.
Vocês estavam certos. Lucas Fonseca não pode jogar improvisado na função de origem de Éder, o cara que atua bem como lateral, volante e até zagueiro do lado trocado. E ele, Lucas, deixou isso bem claro.
Desculpem, Tricolores, por ter tirado Juninho e colocado na fogueira o esforçado Renê Jr. Ele não teve culpa. Fui eu quem errou. O Bahia tem de ser Juninho e mais 10. Já aprendi a lição. Não erro mais. Dito isso, toma aí seu time.
Sem mais, Guto.”
Essa carta não foi escrita por Gordiola, mas a escalação do time contra o Moto Club tinha isso implícito. De eliminado (Copa do Brasil) a classificado (próxima fase do Nordestão) em apenas 5 dias.
O Bahia jogou como todo mundo queria. Esperou os 15 minutos iniciais dos donos da casa e depois massacrou. Hernane, o padeiro que fazia bolo, resolveu fazer pão. Cruzamento preciso de Armero (yes, he can) na cabeça do Brocador, que parou no ar pra fazer o primeiro. 1×0.
Depois o padeiro voltou a servir (ou a fazer bolo, na analogia do Dalmo Carrera). Allione rouba a bola, toca pra Hernane que deixou Régis de cara pro crime. 2×0.
O Moto Club, ainda perdido, viu o passe preciso de Allione para o carrinho de Hernane, o padeiro brocador fez mais um pão para alegria de Dalmo Carrera. 3×0 e fim de papo.
Bahia goleando, fora de casa, com 2 gols de Hernane e eu pensando: o que a galera da cornetagem vai dizer? Fui no twitter (sigam lá @ericksc) e digitei:
“Depois de golear, fora de casa, na copa do nordeste, a torcida vai reclamar que no segundo tempo o @ecbahia se acomodou. Olha a porra…”
Dito e certo. Bahia desacelerou, puxou o freio de mão e o Moto partiu pra cima. Foi a vez de Jean entrar em cena. O garoto pegou tudo. Aí já imaginei a cornetagem: “se não fosse Jean…”
Pouco depois, pela esquerda, João Paulo toca pra trás na chegada de Régis. Com categoria o camisa 20 fechou a goleada com um toque no ângulo do goleirão maranhense. Gordiola tentou estragar um pouco, fez alterações pra irritar a Torcida e poupar jogadores, mas saímos sem levar gols mais uma vez.
Bora Baêa Minha Porra! Agora, seu xibungo gordo? Por que não fez o certo no Paraná? Perdemos uma classificação e alguns milhões por não passar de fase, só por causa da sua teimosia. Mas deixa lá. O que importa é reconhecer o erro e não repeti-lo. Hernane e Régis se igualaram a Diego Rosa na artilharia do time. Jeanzinho calou a boca de 80% da Torcida do Bahia. Fez uma partidaça. Mas num jogo onde o cara dá uma assistência e faz 2 gols, o Barril Dobrado, pra mim, é do Brocador. Que bom.
Êta porra. Hoje o comentário de Paulinho vai virar um livro. Seguuuura, Dalmo 🙂
Axé, minha Nação. O jogo contra o Fortaleza será só amistoso, na Fonte. Já estamos na próxima fase. Deixem os outros se matando pra lá. 🙂