Dois anos depois, VAR volta a prejudicar o Bahia nas quartas da Sul-Americana

Dois anos depois, VAR volta a prejudicar o Bahia nas quartas da Sul-Americana

Bahia perdeu por 3 a 2 na Arena Fonte Nova e se complicou

Dois anos depois, VAR volta a prejudicar o Bahia nas quartas da Sul-Americana
Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

No jogo de ida quartas de final da Copa Sul-Americana, o Defensa y Justicia visitou a Bahia e voltou para casa um triunfo de 3 a 2 que dificulta e praticamente inviabiliza uma reação do Esquadrão no jogo de volta, na Argentina, diante da nova queda de rendimento da equipe. A partida, disputada na Arena Fonte Nova, foi notoriamente alterada por fracassos discutíveis de várias interrupções do VAR. O árbitro equatoriano Guillermo Guerrero tomou várias decisões polêmicas, e em pelo menos seis ocasiões teve que ir até a borda do campo para observar a tela e discutir com o assistente o uruguaio Daniel Fedorczuk, para chegar a uma determinação, que nem sempre parecia o mais correto. Assim como em 2018, quando acabou eliminado das quartas de final pelo Athletico-PR com participação decisiva do árbitro de vídeo, o Tricolor Baiano novamente é prejudicado e curiosamente na mesma fase da competição.

 

No dia 25 de outubro de 2018, o Bahia foi derrotado pelo Atlético-PR por 1 a 0, na partida de ida, em Salvador, mas teve dois gols anulados. No primeiro, por uma falta interpretativa que o árbitro, em um primeiro momento, não marcou. No segundo, por impedimento. O uso do VAR foi tema de debate e bastante criticado por jornalistas. “Estão usando errado. O VAR foi criado para corrigir aberrações, erros graves, para o campeonato não ser definido no apito. Mas lance interpretativo não é para ter VAR. E nenhum dos dois lances era para ter VAR”, opinou Lédio Carmona na ocasião.

Nesta quarta-feira, na derrota para o Defensa y Justicia, o lance mais polêmico foi o gol anulado do atacante Gilberto quando o jogo estava 1 a 0 para os argentinos. Nas imagens, ele aparece em posição legal, mas o VAR anula alegando impedimento. Veja abaixo outras decisões do jogo.

4 minutos: Gol de Braian Romero. Guerrero reviu por suposta falta em Daniel ou saída de bola no início da jogada, mas validou o gol. Ele não voltou até as 8. O jogo foi interrompido por 4 minutos.

13 minutos: gol de Gilberto anulado por impedimento inexistente. Ele só voltou aos 18:30 (cinco minutos e meio perdidos).

20 minutos: Pênalti discutível, por suposta falta de Martins para Bou. Braian Romero cobrou e marcou. Não recomeça até 25 (outros cinco minutos foram perdidos).

33 minutos: Guerrero marcou uma penalidade por toque na mão de Paredes. Chamaram-no do VAR, ele verificou e não validou. Ele não voltou até os 36m (mais três minutos perdidos).

37 minutos: o árbitro não vê a mão de Adonis Frías, mas eles o chamam do VAR e determinam corretamente a inflação. Gilberto bate e converte. Não retoma até 40 (três minutos perdidos)

44 minutos: Assinalou outro pênalti para o Bahia por uma mão de Braian Romero. Ele só voltou aos 49:30 (cinco minutos e meio perdidos). Gilberto chutou muito longe.

Assim, especificamente, o jogo foi interrompido por 26 minutos. O equatoriano Guerrero somou 14 minutos, portanto o primeiro tempo foi disputado até os 59, mas faltaram outros 12, de acordo com o tempo total que o VAR e as discussões consumiram.

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Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com



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