O mundo encantado de Bellintani e a tardia demissão de Roger Machado

"Presidente, diretoria, acordem em quanto é tempo...."

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Depois de colecionar fracassos e mais fracassos, confrontar o torcedor tricolor sustentando um treinador que já estava completamente perdido no comando do Esporte Clube Bahia, o presidente Guilherme Bellintani resolveu contrariar sua própria vontade, demitindo o técnico Roger Machado. Foi uma decisão difícil para o mandatário tricolor, haja vista que o mesmo numa conversa intitulada de “Papo Reto” na sua conta no Twitter, enumerou vários motivos para defender a permanência do então técnico. Método utilizado foi antigo e repetitivo: minimizar os erros e enaltecer as obrigações. Além disso, exaltou o fato de ter conquistado o tricampeonato baiano.

 

Nem os leigos do futebol sentiriam dificuldade em enxergar que já era passada a hora de Roger, não havia mais nada para acontecer, o Bahia já tinha perdido a oportunidade da Libertadores em 2019, na derrocada no segundo turno da competição, eliminando em 2020 pelo modesto River-PI na Copa do Brasil, perdido a Copa do Nordeste com dois jogos desastrosos diante do Ceará, campeão baiano a duras penas contra o esforçado e honrado Atlético de Alagoinhas, apresentações pífias, time sem organização tática. ANTES TARDE DO QUE NUNCA.

Não cabem aqui jogadores que não compraram a ideia de um Bahia vencedor, jogadores que não se doam em campo até os últimos minutos de jogo. O pensamento pequeno de lutar pelo meio da tabela, ou a projeção proposta de achar produtivo disputar 18 pontos e focar 50% como meta, tornam a caminhada desanimadora e levantam a bandeira da mediocridade.

Presidente, diretoria, acordem em quanto é tempo. Vocês são os principais responsáveis pela situação que o Esquadrão está. Lembrem-se: o Bahia não tem dono, o principal patrimônio de um clube é sua torcida, portanto, cuidem dela.

Marcelo Eloy, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

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