Tenho certeza absoluta de que, após essa magra, mas, importante triunfo do Bahia diante do Coritiba por 1×0, serei extremamente criticado pelo torcedor do Bahia que leu meus textos anteriores quando, por diversas vezes, não só questionei o trabalho do treinador Roger Machado, fazendo uma avaliação geral desde à sua chegada ao clube, cheguei a conclusão de que, no conjunto da obra, o treinador tem muito mais desacertos do que acertos. E sei que a maior intensidade de tais críticas, virá daqueles que integram à “Tropa de Choque” que defende e apoia o treinador Roger Machado, composta por uma legião de torcedores que são fãs incondicionais do seu trabalho, independentemente dos resultados obtidos dentro de campo.
Já afirmei aqui, reiteradas vezes, que sou torcedor fervoroso do Bahia desde menino e sempre desejei sucesso total à instituição em todos os seus setores, principalmente, no seu departamento de futebol e, embora reconheça a seriedade e a competência administrativa do presidente Guilherme Bellintani, não posso poupá-lo de minhas críticas quando percebo que ele ainda continuou apostando e acreditando num trabalho que começou a dar sinais de saturação ou cansaço, desde a reta final do Brasileirão do ano passado, quando o time chegou a ocupar o 6º lugar na 26ª rodada e logo na rodada subsequente, após estar vencendo o Ceará pelo placar de 1×0, já faltando pouco mais de dez minutos para terminar o jogo, o time deu “caruara”, tomou uma virada do time cearense, se distanciou do G-4, de quebra, tirou o adversário do Z-4 e a partir dessa 27ª rodada, o time frustrou o torcedor, disputando 36 pontos e somando míseros oito pontos, ou seja, com um pífio aproveitamento inferior a 23%, sofreu um jejum de 11 jogos sem vencer, ficando em 11º lugar, atrás do Goiás e do Fortaleza, só não brigando para escapar do rebaixamento, graças à “gordura” que acumulava.
Para estranheza do torcedor, aconteceu todo aquele fracasso, mas, que eu saiba, não houve nenhuma explicação plausível do treinador, não se soube se foi o grupo que “rachou”, ou se jogador ou jogadores boicotaram o treinador ou, queda de rendimento físico, enfim, ficou tudo por “um quilo”, o treinador permaneceu no clube e a vida continuou. Quando o torcedor, ainda sentia a “porrada”, logo no início da temporada, logo na estreia da Copa do Brasil, a competição mais rentável do Brasil, o time foi eliminado, sumariamente, pelo modesto River do Piauí. Mais um baque técnico e financeiro para o clube, mas, o presidente Guilherme Bellintani, passou a mão na cabeça do treinador, como não tivesse acontecido nada de anormal e, o treinador continuou, de boa, até acontecer outro fracasso que foi a inexplicável perda do título da Copa do Nordeste para o Ceará.
Não retiro uma vírgula, de tudo que já falei, tanto a respeito da resiliência do presidente do clube como, também, com relação do trabalho de Roger Machado. Apesar dos pesares, mesmo com o xexelento futebol apresentado pelo time nesta quarta-feira, se não jogou futebol eficiente e suficiente para convencer, jogou o necessário para vencer o Coritiba que, por incrível que pareça, mantinha um tabu de 35 anos (um tempo de aposentadoria para o INSS), que não perdia para o Bahia em jogos válidos pelo Brasileirão. Esse tabu, felizmente, foi quebrado na noite de ontem, além do treinador ter atitude para mudar o time que não vinha vencendo.
Isto posto, estou feliz porque o Bahêa venceu, fator que traz um alívio tanto para o torcedor como para o grupo e a comissão técnica, dando confiança para o próximo jogo que é contra o Bragantino e no futebol, é bom e válido o time vencer, mas, entre jogar bem e bonito e perder o jogo, ou jogar mal e feio e conquistar os três pontos, fico com a segunda opção, porque entra em campo o pragmatismo. BBMP!