Dado concorda com as vaias da torcida do Bahia após empate com o Doce mel

Dado concorda com as vaias da torcida do Bahia após empate com o Doce mel

Treinador não gostou da atuação do time na Arena Fonte Nova

Dado concorda com as vaias da torcida do Bahia após empate com o Doce mel
Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia

Mesmo embalado com o triunfo no clássico BA-VI na rodada passada e com a possibilidade de atuar na Arena Fonte Nova com um bom público e após a partida da equipe principal que venceu o Confiança, o time de transição do Esporte Clube Bahia não fez um bom jogo diante do Doce Mel e tropeçou ficando no empate por 0 a 0, sendo vaiado por parte da torcida. Se vencesse, poderia carimbar a classificação antecipada já nessa rodada, em caso de tropeços de Fluminense de Feira, Bahia de Feira e Atlético de Alagoinhas que jogam neste domingo. No entanto, com o empate, o Esquadrão não tem chance matemática de garantir a vaga às semifinais amanhã, mas segue na liderança com 15 pontos, quatro pontos de distância para o Vitória que só entra em campo pela rodada no dia 15 de março, contra o Jacuipense, na Arena Valfredão. Insatisfeito com a atuação do time, o técnico Dado Cavalcanti ressaltou que faltou ímpeto e agressividade, e concordou com as vaias da torcida.

 

“Hoje nos perdemos um pouco no conforto do adversário, nas paradas da arbitragem, jogo muito parado, frio. Não aquecemos o jogo. O torcedor queria motivar, chegar junto, mas fomos passivos, e esse talvez tenha sido nosso maior pecado. Não tivemos ímpeto e agressividade que nos acostumamos a ter nos jogos. Essa era uma das minhas preocupações em relação à sequência de bons jogos que viemos fazendo. Um dos trabalhos que tenho tido é tirar os atletas da zona de conforto, buscando desafios, fazendo com que a gente não fique pelo caminho, por já termos feito bons jogos, termos tido atuações boas e convincentes. Hoje lamento pelo jogo que fizemos. Diante de tudo que aconteceu, também acho que não merecíamos o empate, pela volúpia ofensiva, posse de bola, por termos criado, termos chegado, mas lógico que é pouco para o Bahia. Estou totalmente aberto e, sinceramente, concordando com as vaias. O que gerou essa insatisfação foi uma bola de neve do início do jogo. Encontramos um adversário muito atrás, e nossa circulação foi muito lenta, nossa troca de passes. Se tenho jogadores rápidos na frente, temos que trocar passes mais rápidos. Nosso passe estava muito lento, privilegiando o balanço defensivo do adversário. Quase nunca encontramos o um contra um. O jogo fica lento. O tempo passa, falta de ações ofensivas, finalizações, gera ansiedade. A bola bate e volta. O adversário ganha um pouco de força. É uma bola de neve, o torcedor fica impaciente. Gera ansiedade para um grupo jovem, que não sabe administrar o jogo. Fechou com o empate. Prefiro empatar desse jeito para ter argumentos para exigir muito mais do que a equipe apresentou hoje. Talvez o triunfo, mesmo merecidamente, ia esconder condições específicas de forma individual e coletiva, que eu prefiro que seja escancarado para a gente trabalhar nas duas semanas e resgatar a identidade da equipe, que é muito mais agressiva, dinâmica, faz balanços à frente”, disse.

O treinador acredita que o fato de muitos jogadores do time não terem o costume de atuar com um público maior no Estádio, não atrapalhou, e afirmou que “quem veste a camisa do Bahia tem que se acostumar”.

“Fato que muitos dos atletas hoje não estão acostumados com esse público. Mas também não atrapalhou. Não pode ter atrapalhado. Quem veste a camisa do Bahia tem que se acostumar. Foi bom ter acontecido hoje, eles enxergarem um pouco da cobrança, que faz parte. Creio que a ausência do Ramon fez falta, como já tinha feito falta no jogo passado. Mas não cito apenas a ausência física do Ramon, mas a ausência de um meia que pudesse revezar a responsabilidade com Arthur de fazer a bola chegar à frente. Jogo passado entrei com dois volantes. Nesse, joguei com um volante. Pensava que seria dessa forma. Imaginei que o Doce Mel bem atrás e que precisaríamos de mais jogadores à frente da linha da bola. Mas tínhamos atacantes e não tínhamos quem levasse a bola à frente. Talvez isso tenha influenciado na lentidão do passe, falta de criação e, consequentemente, no resultado” disse.

 

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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