Início de ano frustrante para o Esporte Clube Bahia, que já tinha terminado 2019 de forma melancólica com a queda de rendimento no segundo turno do Brasileirão, sem esquecer das eliminações na primeira fase da Copa do Nordeste ao perder para o Sampaio Corrêa na última rodada e Copa Sul-Americana ao ser derrotado pelo Liverpool do Uruguai em plena Arena Fonte Nova no jogo de ida e empatar sem gols na volta. A promessa de um Bahia forte e vacinado dos repetidos erros do ano passado parece ter sucumbido após as decepções vividas nos últimos dias. Derrotas para equipes com menor estrutura e em séries inferiores traz à tona uma necessidade de mudança na forma de pensar do Bahia.
Impecável em relação a estruturação financeira, destaque como um dos melhores aparelhos esportivos do Brasil, o que coloca o clube em um patamar superior ao já vivido em outros tempos, é inegável que hoje o Bahia é um clube estruturado. Mas um time de futebol, com o perdão da redundância, precisa jogar futebol, isso nunca pode ser objetivo secundário, é preciso que haja um fórmula entre ser responsável financeiramente e ao mesmo tempo ter responsabilidade para formar um elenco forte.
Dos mais apaixonados torcedores, dos alienados aos conscientes, hão de concordar que o Bahia possui carências em quase todos setores, com exceção das laterais. A falta de volantes com boa chegada na área, uma vez que Gregore e Flávio não possuem tais características, carência que pode ser sanada com a utilização dos jogadores Artur Rezende e Ramon do time de transição, ambos que já demonstraram boa técnica e capacidade de serem titulares no time principal, a inutilidade de Fernandão o que ainda não conseguiu mostrar futebol que fizesse jus ao esforço da diretoria em trazê-lo, o tão sonhado camisa 10, necessidade gritante no elenco, a falta de atacantes de beirada que marquem gols.
Todos esses fatores culminam para a mesmice de todos os anos no Bahia, sonhar alto e chegar a canto nenhum. E quanto a Roger Machado, torcedor. Ele não possui material humano disponível suficiente e qualificado, é vítima de um elenco carente ou é mais um a contribuir para o presente fracasso do Tricolor? E a diretoria, está letárgica diante dos fatos que são antigos e repetitivos? E os jogadores, possuem alguma parcela de culpa?