O sorteio da Copa do Nordeste aconteceu nesta quinta-feira em Maceió e o Esporte Clube Bahia esteve com seu nome inserido em um dos potes e após o sorteio, caiu no Grupo B junto com Náutico, Ceará, Botafogo-PB, Confiança, CSA, Moto Club e ABC. Os cabeças de chave do sorteio foram Vitória (18º lugar no Ranking da CBF) Bahia (21º), Santa Cruz (25º) e Ceará (27º). Estes clubes vão receber R$ 1,9 milhão pela participação na competição regional. No entanto, apesar do sorteio, o Esporte Clube Bahia não garante a participação no torneio onde é tricampeão e nos último quatro anos, chegou três vezes na final sendo campeão em 2017, o que lhe garantiu a vaga direta nas oitavas de final da Copa do Brasil deste ano e recebendo algo em torno de R$ 6 milhões em cotas de participação. Diga-se, este ano embolsou com o Nordestão R$ 4,9 milhões.
Segundo o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, a questão será levada ao Conselho e depois de realizada Assembleia, o clube decidirá pela participação ou no torneio, que é o único que sobreviveu no formato regional. Ainda de acordo com o mandatário, a Copa do Nordeste precisar ser reconfigurada, aliás, os argumentos são absurdamente idênticos aos levantados pelo presidente do Arnaldo de Barros no ano passado quando decidiu pedir desfiliação da Liga do Nordeste e como consequência, celebrar abandono da competição, isto cheio de razão e hoje Sport-PE está praticamente rebaixado e o presidente com um pires na mão correndo aos bancos em busca de dinheiro para quitar dois meses de salários atrasados.
Tudo bem que a Copa do Nordeste precisa ser modernizada, menor quantidade de clubes, pontos corridos, criação da segunda divisão, jogos aos domingos quando possível e outros avanços além dos já obtidos. Porém, simplesmente abandonar a competição ou ameaçar através de faniquitos ao estilo murchosos de menino malcriado que teve suas pretensões contrariadas é algo que beira a casa da irresponsabilidade sem número.
Curiosamente, enquanto isto, temos no mesmo período o Campeonato Baiano, pobre, deficitário, imprestável, ordinário, que não revela um jogador, um árbitro sequer, que exceto o BA-VI, o Bahia paga para jogar, que já não conta com a simpatia do torcedor, não agrega absolutamente NADA. Aliás, só serve para três coisas: Iludir torcedor, contundir jogador e demitir treinador. É jogado em alguns campos com pouca iluminação, outros cheios de muriçocas, quando não, com buracos de tatu no centro do campo, no entanto, o presidente do Bahia segue oferecendo o maior apoio ao torneio da Federação Bahiana de Futebol e não recordo ter lido, visto ou assistido qualquer ato de rebeldia para tamanha porcaria.
Mas por que será? Por que falta rebeldia contra esse Campeonato onde Bahia recebe 600 mil reais ou pouco além disso para disputar oferecendo riscos sérios, aí sim a saúde dos seus jogadores e para piorar, sem receber um tostão FURADO de premiação caso conquiste o título? Por que tanta omissão para um Campeonato que depõe contra até um ato simples de racionalidade e está na contramão daquilo que chamamos de futebol profissional? Por que não convocar o Conselho para opinar acerca da participação ou não de torneio deste tipo? Por exemplo, utilizar jogadores 100% da base misturado com o Sub-23, aquele mesmo que pagou vexame no Brasileiro de Aspirantes.
Como somos torcedores listados entre os mortais e sem acesso às informações privilegiadas para entender o quase impensável, é impossível não questionar: Porque aceitar sem resmungos participar de um torneio que o clube sabe que terá indiscutível prejuízos financeiro de forma antecipada e como um ato quase contínuo esvaziar e tentar tornar menor outro torneio que terá lucros de variadas formas.?
Essa é a questão. Como sabemos que não encontraremos respostas honestas, sem alternativas, devo tentar um esclarecimento com Roberto Carlos, o cantor, e na sua impossibilidade pensamos em recorrer ao rapaz do posto Ipiranga.