Futebol na maioria das vezes é algo escroto. Em outros momentos é justo. Na mesma forma que crucifica um sujeito por uma falha isolada e até esporádica, no mesmo embalo, pode transformar o mesmo sujeito, ainda pendurado na Cruz de cabeça para baixo, em um novo “Deus”, criador do mar, céu, terra e todas as coisas visíveis ou não.
Por isto que futebol é algo fantástico e até precisa destas contradições (maluquices) para se mover e, desta forma, mobilizar os torcedores e manter o esporte vivo e aceso o tempo todo.
Foi o caso do goleiro Caíque, do Vitória, afundou o baba no primeiro jogo contra o Internacional no Beira-Rio, numa falha simplesmente ridícula, no entanto, ele mesmo, salvou o Leão defendendo duas penalidades contra o mesmo Internacional, que gerou como consequência a classificação rubro-negra para as oitavas da Copa do Brasil, além disso, adicionou ao cofres sempre combalido do clube, algo próximo e bem parecido com R$ 2,5 milhões de reais, e olha que isto é sem considerar o que virá pela frente só de bilheteria no jogo de apelo contra o Timão no Barradão.
Portanto, se a saga de Caíque fosse um filme, seguramente deveria ter como tema ou pando fundo, a música composta e cantada por Chico Buarque, a antiga canção de 1978, Geni e o Zepelim. E ai mora o problema.
Hoje à tarde, o jogador em entrevista publicada no site o Leão, falou sobre o pós-jogo, religião, as incertezas e confiança renovada de cada dia crescer e estabelecer como goleiro titular do Vitória.
Ouça a entrevista abaixo