Pouco mais de três anos após a prisão em Assunção, no Paraguai, por conta da utilização de documentos falsos, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho está envolvido em outra polêmica. Nesta quinta-feira, ele compareceu à CPI das Pirâmides Financeiras acompanhado do advogado e do irmão, Roberto Assis, que também atua como empresário. No depoimento, o pentacampeão negou envolvimento com a empresa ligada à venda de criptomoedas
“Eu, mais do que ninguém, quero que tudo isso seja solucionado. É o meu nome que tá sendo queimado, é o meu nome que tá sendo falado. Não é verdade que sou fundador e sócio-proprietário da empresa. Eu nunca fui sócio da empresa. Os sócios utilizaram indevidamente o meu nome para criar a razão social dessa empresa. Inclusive eu já fui ouvido pelo MPSP e pela PCRJ, na condição de testemunha. Eu jamais autorizei a utilização do meu nome e imagem pela empresa”, afirmou Ronaldinho.
Os deputados usaram peças publicitárias da empresa de criptomoedas investigada pela comissão e que tinham a imagem de Ronaldinho. Segundo o ex-jogador, o contrato de licenciamento de imagem era para uma empresa de venda de relógios. “Eu gravei pra campanha dos relógios, eles pegaram a foto e usaram aí”, afirmou.
Ronaldinho se esquivou sobre vários outros questionamentos, fazendo uso de um habeas corpus expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o permitia permanecer em silêncio em questões que pudessem incriminá-lo. A CPI que investiga pirâmides financeiras por meio de criptomoedas tem duração prevista até o dia 28 de setembro.