MGF diz que vai processar Bellintani: “Se eu estou sendo cobrado, ele também precisa ser”

Ex-deputado federal, o mandatário acusou o atual mandatário do clube de prejudicar o saldo financeiro do Esquadrão de Aço com R$ 15 milhões

Gestor do Esporte Clube Bahia entre 2009 e 2013, época que ficou conhecida como a “Era das Trevas”, Marcelo Guimarães Filho voltou a aparecer no cenário público após um período ausente dos holofotes. Em entrevista ao podcast Arena BNews, da BNewsTV, o ex-presidente do Esquadrão de Aço declarou que vai cobrar o pagamento de uma dívida milionária, que, segundo ele, o presidente Guilherme Bellintani, tem deixado durante seu mandato. MGF garantiu que vai mover uma ação contra o atual mandatário do Tricolor Baiano.

 

“Eles entraram numa segunda argumentação de que a dívida da BWA não existia, e eu assinei uma confissão de dívida, que não existia. Então eles me cobram essa dívida e mais um juros de uma correção em cima disso. Oito anos depois, a justiça reconheceu que a dívida existe, e essa dívida que era de R$ 6 milhões, e quem disse isso foi o próprio presidente atual por desídia dele. Ele deu um prejuízo ao clube de R$ 15 milhões de reais. Se eu estou sendo cobrado que existia e a justiça, depois, reconhece que existe, quem vai pagar esse prejuízo de R$ 15 milhões que ele deu ao clube? Então, todas essas acusações infundadas, o tempo está provando que eu tinha razão naquele momento e que fui acusado injustamente. Essa mesma ação agora eu vou propor que devolva ao clube o prejuízo que foi dado”, explicou Marcelo Guimarães Filho.

“O grupo daquela época, que é o mesmo grupo atual, entrou com uma ação contra mim de cobrança. É uma ação que eles falam que é de R$ 30 milhões, que eu vou ganhar na justiça, já ganhei até na primeira decisão. Essa ação elenca, ela diz assim: ‘Olhe, foi uma gestão temerária, você não olhou com cuidado as contas do clube, o dinheiro do clube. Você cometeu esse e esses deslizes. Você deixou de recolher impostos do clube e, quando você pagou, pagou atrasado com multas disso, disso e disso. Então vou lhe cobrar essa multa de volta’. Eu vou entrar com ação contra o presidente atual, porque ontem foi o Conselho Fiscal, denunciou, aprovou as contas mas disse que tem atrasos de impostos, salários, que vai gerar encargo financeiro, vai pagar juros, multas etc. Então se vale para mim a cobrança, tem que valer para eles também”, acrescentou.

Destituído pela Justiça há nove anos, o ex-gestor do Bahia também foi expulso pelo Conselho Deliberativo do clube em setembro de 2017. Para ele, a intervenção total começou com um “gatilho da derrota em campo”.

“Primeiro, houve um gatilho, que foi a derrota em campo. Nós perdermos um Ba-Vi por 5 a 1 e logo em seguida um Ba-Vi por 7 a 3. Então isso é um gatilho de insatisfação de qualquer torcida. Houve esse gatilho da derrota e houve, por trás, evidentemente, um movimento político, jurídico, que impulsionou a torcida. Um movimento de imprensa e tudo mais, de fazer manifestação, de mobilizar a Fonte Nova”, comentou.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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