Alvo da entrevista coletiva nesta quinta-feira na sala de imprensa do Fazendão, o técnico Roger Machado praticamente confirmou a titularidade do meia-atacante Élber no jogo contra o Corinthians, neste sábado, às 19h, na Arena em Itaquera, valendo pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. O jogador deve substituir Lucca, que não pode atuar por força contratual, já que pertence ao clube paulista e no contrato de empréstimo consta a tal cláusula que impede o atleta de enfrentar o clube de origem.
“Sem a possibilidade do Lucca, naturalmente, o jogador que tem entrado tem sido o Élber. Arthur Caíke tem entrado em alguns momentos, mas tenho colocado mais próximo da área. Na última coletiva, perguntado sobre a diferença do Lucca e do Élber, Lucca é um meia ponta, Élber tem capacidade de flutuação na entrelinha do adversário. Um jogador mais agudo. A ideia é tentar chegar no equilíbrio. Tenho uma ponta mais rápida e uma ponta que me dá mais tempo. Élber, embora tenha capacidade de velocidade, fazendo ajuste em seu jogo, tenho jogador que para a bola. A gente fica com dois jogadores com características bem ofensivas. Se optar por Ronaldo para fechar o trio de meio, a gente consegue sustentar e ter uma chance de matar o jogo”, disse.
O treinador também rasgou elogios ao zagueiro Lucas Fonseca, um dos líderes do time e jogador com mais tempo no elenco. “O que eu vejo é o Lucas extremamente comprometido, que já tem uma vivência grande no futebol, uma liderança pela sua conduta, pelo seu profissionalismo. Dentro do seu jogo, o fato de passar um turno inteiro sem tomar cartões, se passar a olhar pelas memórias, não me lembro do Lucas fazer faltas que pudessem gerar questionamento de um possível cartão amarelo. Isso mostra maturidade do jogador, mas acima de tudo, proteção que eu entendo que o zagueiro tem que ter. Zagueiro é bom protegido. Quanto mais protegido ele estiver por seus laterais, menos ele vai ter que se expor numa área do campo frente a jogadores que na maioria da vezes são mais ágeis, mais baixos, mais rápidos. Nesse cenário, de dez bolas, meus zagueiro vai levar desvantagem em seis, sete. Ao levar desvantagem, ele perde a confiança no enfrentamento. Isso mostra maturidade que a gente tem com os zagueiros, que podem estar no lugar certo para explorar suas melhores virtudes.”
Roger também fez uma análise do primeiro turno do Bahia: “A gente fechou o turno com 31 pontos, aproveitamento de quase 55% dos pontos. Se a gente conseguir repetir essa média de pontos. A gente tem uma média mínima de pontos para que consiga chegar nas duas últimas rodadas com possibilidades reais de atingir a pontuação da Libertadores. Acho possível. Agora, temos objetivos a curto prazo. O primeiro é a manutenção na Primeira Divisão. A médio prazo é a Sul-Americana. A longo prazo, que só vai definir nas últimas rodadas, é a vaga na Libertadores. Para não perdermos de vista, a gente vai jogo a jogo. Tanto a gente quanto nosso torcedor, podemos sonhar, mais do que sonhar. Realizar isso dentro de campo da forma que a gente vem fazendo: trabalhando duro, respeitando cada adversário para manter viva essa possibilidade de ir para a Libertadores”
“Análise do cenário que a gente traça dentro das possibilidades em função do resultado do nosso adversário na Sul-Americana é se ele virá com algumas alterações, se vai priorizar o descanso para o jogo decisivo na próxima semana. Esse tipo de cenário a gente traça. Mais do que isso a gente procura trabalhar e visualizar o que a gente vai enfrentar, que pode ser uma equipe que jogou ontem ou alterada por algumas posições, mas que a gente sabe que se você pegar os nomes que viriam em uma possível mudança, são nomes fortes que em algum momento já foram titulares”