Torcedor do Bahia tem o direito de estar magoado, diz Guto Ferreira

"A vida está colocando sempre na nossa frente tomadas de decisões"

Não sabemos qual a real motivação para a não renovação do técnico Paulo César Carpegiani e o consequente retorno do técnico Guto Ferreira anunciado no meio da tarde desta terça-feira como o novo técnico tricolor, aliás, em um anúncio esperado no exato momento da eleição do presidente Guilherme Bellintani.

Trata-se de um técnico que assim como chegou ao Internacional terá a resistência de parcela significativa do torcedor do Bahia. Primeiro pelo Pé na Bunda que deu no clube quando abandonou o barco reduzido por uma melhor oferta e assim como fez com a Chapecoense quando caminhou em direção do Bahia sem olhar para trás.

Além disso, não tem o perfil de técnico vencedor como prometeu o novo presidente do Bahia. Obter o acesso com o Bahia em quarto lugar com as calças no meio do joelho mesmo tendo o maior orçamento da competição não te eleva para a condição de vencedor, se assim, fosse, o técnico Anderson Moreira campeão da Série B, com a 8ª folha da competição deveria ser o técnico da Seleção Brasileira de todas as divisões. Um escolha errada para um técnico fraco.

Logo após o anuncio o novo técnico tricolor falou no programa de rádio do Bahia. O blá blá é o de sempre.

Veja alguns tópicos.

“Primeiro, eu tenho nesse momento, mais do que nunca, não sei se a palavra certa é me desculpar. A vida está colocando sempre na nossa frente tomadas de decisões. E temos que fazer nossas escolhas. Naquele momento existia um vínculo importante que nos fez tomar a decisão. Ele (torcedor) tem direito de estar magoado. No momento, preciso reconstruir a relação com o torcedor, mostrando situações cada vez melhores não só em termos de resultados, mas de trabalho, de manter postura de ficar no clube, de buscar enraizar um pouquinho mais e dentro dessa filosofia, reconstruir essa relação com o torcedor”

“Sinceramente, não esperava que fosse tão rápido. Mas quando aconteceu não medi esforços. Sei da maneira que fui recebido na Bahia, sempre foi muito positiva a energia do torcedor dentro e fora do campo.

“Têm saídas importantes, mas tem a manutenção de mais de 60% talvez da equipe titular. Dois zagueiros, que devem seguir, a tendência de renovar o Edson, se colocar Edigar, Zé e Régis, dariam seis que comigo foram titulares. Então não parte do zero, parte de uma espinha dorsal importante e vai agregar valores ao lado dela para começar a ter resultados que você necessita”, pontuou.

“Mais do que nunca é importante o Bahia sonhar, com os pés no chão, para em algum momento buscar realizar. Eu vou para o Bahia cheio de gás, com muita vontade e disposição de fazer o melhor e pensando grande. Em conquistar algo ainda melhor do que foi na temporada 2017. E espero, com o torcedor, fazer a parceria que sempre existiu para terminar 2018 melhor do que foi 2017”, projetou.

“Se não tiver esse rodízio, é meramente desumano fazer que o jogador consiga jogar em alto nível 60 partidas. Como fazer uma qualificação da parte física, do sistema de jogo?

Precisa treinar, repetir. É um planejamento que vamos fazendo. Isso evita um desgaste acima e faz com que dentro do planejamento possamos chegar nos momentos primordiais com o máximo de jogadores numa boa condição, para brigar pelos resultados que lá atrás você sonhou”,

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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