Bahia tropeça mais uma vez e segue colecionando vexames

Nem os 10 dias de treinamento em Porto Seguro foram suficientes para ao menos motivar ou inspirar o time do Bahia diante do LANTERNA Sampaio Corrêa. O futebol já era esperado que não mudaria da água para o vinho, ainda mais da noite para o dia, afinal, os jogadores são os mesmos presentes na derrota para o Vila Nova com exceção dos que saíram e não fizeram falta alguma. Mas o resultado foi inesperado, creio que até o mais pessimista do torcedor tricolor esperava o triunfo apertado, sofrido e chorado, mesmo atuando fora de Salvador. Digo isso pois o adversário é o saco de pancadas da Série B, pior ataque e pior defesa, em 15 jogos havia somado apenas 10 pontos, metade do que o Esquadrão somou, e já colocou um pé e meio na Série C de 2017. Talvez por isso a surpresa pelo resultado. 

O placar de 0 a 0, diria justíssimo, traduziu o que se passou 90 minutos mais acréscimos. Muita correria e nada de futebol. O primeiro tempo foi pífio, sonolento, duro de assistir, sem emoção alguma e com poucas alternativas, mas esperar o que de dois times ‘mandrakes’, vagabundos, me perdoem a expressão, sem vontade, sem atitude e sem criatividade. O Bahia até teve mais posse de bola, parecia estar jogando em casa e que cresceria no jogo, ilusão pura, não conseguiu transformar essa “superioridade” em chances reais de gol, apresentou o mesmo futebol dos jogos anteriores, ou até pior, sem sintonia, sem inspiração, totalmente apático, resumindo: TERRÍVEL. 

No segundo tempo inverteu os papeis e quem passou a dominar foi o Sampaio Corrêa, mesmo sem agressividade acuou o Bahia no seu campo de defesa e teve tudo para abrir o placar com o ex-tricolor Elias que parou na trave em cobrança de pênalti legítimo cometido por Tinga. O Tricolor conseguiu equilibrar a partida e ameaçar o time maranhense em bolas alçadas na área, mas em nenhum momento exigiu esforço do goleiro adversário. Eu não tenho outro termo para definir o time e o futebol do Bahia. É triste. Nada mais. Triste talvez seja até um elogio. Na verdade, o mais triste é ver um time, que todos os oráculos do futebol apontavam como favorito e com razão, penar na Série B e caminhar passos largos para se manter nessa divisão em 2017. Diria que esse empate contra a pior equipe do campeonato carimba o alvará de permanência na Segundona, qualquer resultado diferente em dezembro, será uma grata surpresa.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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